Guilherme Augusto Reis Guimarães tem mais de 100 mil seguidores nas redes sociais. Ele namora a adolescente que desapareceu em Belo Horizonte desde que ela tinha 13 anos. Guilherme Augusto Reis Guimarães ostenta fotos com armas nas redes sociais.
Reprodução/Redes Sociais
O empresário de 38 anos preso por descumprir a medida protetiva que tinha contra a namorada, de 16 anos, tem mais de 100 mil seguidores nas redes sociais e se apresenta como cristão e conservador.
Guilherme Augusto Reis Guimarães foi preso neste domingo (9) e, nesta segunda, a justiça converteu de flagrante para preventiva. Ele segue detido no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte.
De acordo com informações do boletim de ocorrência da Polícia Civil após o desaparecimento da menor, eles mantinham um “relacionamento abusivo” desde que ela tinha 13 anos.
Há registros policiais de “atritos entre eles” e, por isso, o Judiciário concedeu uma medida protetiva para que ele não se aproximasse dela.
Os detalhes sobre a medida estão em segredo de justiça.
Guimarães é dono de uma empresa do ramo de promoção de vendas e marketing direto sediada no bairro Castelo, em Belo Horizonte, avaliada em R$ 850 mil, de acordo com dados informados por ele mesmo à Receita Federal.
Nas redes sociais, ele coleciona mais de 100 mil seguidores e posta sobre seu cotidiano, incluindo fotos com armas, em um clube de tiros, imagens com legendas com versículos bíblicos e se diz “cristão, conservador e patriota”.
O g1 procurou a defesa de Guimarães e aguarda retorno.
Guilherme publicava fotos com versículos bíblicos.
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Armas apreendidas
A menina de 16 anos desapareceu na última quinta-feira (6). Aos pais, ela disse que iria a um shopping, mas não voltou.
Na noite do dia seguinte, Guilherme foi visto saindo com uma moto sem placa do prédio em que mora. No sábado (8), a polícia foi até a casa dele.
Inicialmente, Guilherme negou ter alguma informação sobre a adolescente, mas depois contou que ela estava com ele, em um barracão em Justinópolis, Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte.
Por lá, a polícia apreendeu 35 munições e dois carregadores de calibre 9 milímetros. Sem apresentar documentação, Guilherme disse que tinha autorização, já que era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Procurado pelo g1, o Exército informou que não divulga informações sobre esses tipos de registros.
A menina foi localizada no tal barracão indicado por ele em Ribeirão das Neves. A garota confirmou que estava com Guilherme, mas que tentava contato com a mãe.
Ele foi preso em flagrante por descumprimento de medida protetiva. Além das munições, o celular e a moto dele também foram apreendidos.
Qualquer ato de natureza sexual com menor de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, independentemente do consentimento.
A pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão.
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