13 de janeiro de 2025

Setor florestal completa 20 anos de apoio à sustentabilidade e biodiversidade

Manejo florestal sustentável e critérios ESG adotados pelas indústrias associadas ao Cipem favorecem a aderência dos produtos florestais no mercado global. O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) comemora 20 anos de existência em 2024. É representante de 523 indústrias de base florestal integradas a 8 sindicatos e que abrangem 100% dos municípios produtores de madeira nativa no Estado. Fundado em 2 de julho de 2004, o Cipem tem o propósito de incentivar e apoiar empresários interessados em adotar práticas sustentáveis na produção madeireira. Seu objetivo é agregar empresas comprometidas com o desenvolvimento socioeconômico alinhado à conservação ambiental. Para isso, promove a conscientização sobre o manejo dos recursos naturais e a divulgação transparente das boas práticas de produção.
Ao implementarem critérios ambientais, sociais e de governança (ESG), as indústrias associadas ao Cipem vêm aumentando a aderência dos produtos florestais mato-grossenses no exigente mercado global. Cada gestão do Cipem tem buscado, ano após ano, potencializar a produtividade e o consumo consciente da madeira e seus subprodutos, agregando cada vez mais empresas comprometidas com a sustentabilidade ambiental e social.
Para compreender a relevância do setor de base florestal, é crucial conhecer a atividade econômica do Manejo Florestal Sustentável, que é uma prática de gerenciamento dos recursos florestais de maneira eficiente e responsável, integrando princípios ecológicos e sociais. Envolve a gestão e utilização das florestas, suprindo as demandas atuais por produtos e serviços florestais, sem comprometer os ecossistemas naturais ou as condições das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades. Durante o ciclo do manejo, em períodos de 25 a 30 anos, são colhidas em média de 4 a 6 árvores adultas por hectare. As espécies arbóreas são previamente selecionadas, em conformidade com as normas ambientais.
O Manejo Florestal Sustentável representa também uma solução importante para o produtor rural, que precisa preservar 80% da vegetação nativa nas propriedades localizadas no bioma amazônico. Em Mato Grosso, a técnica de manejo das florestas é implementada em propriedades particulares de reserva legal, possibilitando ao produtor obter rentabilidade para cuidar da área, além de gerar emprego e renda para a comunidade local.
Além disso, o manejo florestal traz o benefício adicional de contribuir para o equilíbrio do regime de chuvas e resguardar os recursos hídricos. Favorece, ainda, a mitigação das causas do aquecimento global e das mudanças climáticas. É que cada árvore, durante seu processo de fotossíntese, captura carbono. Após convertida em produto florestal acabado, como móveis, deck, forro, lambril, entre outros, estoca o carbono retirado da atmosfera. Essa é uma das grandes contribuições do setor florestal para zerar emissões de poluentes. Por meio do manejo florestal é viabilizado o crescimento das espécies arbóreas remanescentes, fase em que se inicia e intensifica o processo de captura de gás carbônico (CO2). Estudo da Universidade Federal de Viçosa (UFV) revela que 1 hectare de árvores propicia a absorção de 3,1 toneladas de CO2 por ano. Numa área com essa proporção e coberta de florestas é produzida quantidade de oxigênio equivalente à necessidade de 40 pessoas. Cada árvore adulta, de porte médio, emite 120 kg de oxigênio por ano, segundo a UFV.
Outro aspecto importante do manejo florestal é a conservação da biodiversidade. Explorando a reserva legal de forma sustentável, é possível manter um ambiente favorável para a sobrevivência e desenvolvimento das espécies da flora e fauna.
O Cipem destaca a necessidade de implementar cada vez mais a prática do manejo florestal com o devido monitoramento dos órgãos ambientais competentes e promover o uso sustentável da madeira nativa pela sociedade, seja na construção civil, nas indústrias de móveis, entre outros setores, fortalecendo e perpetuando sua relevante contribuição para a agenda climática.
São integrantes do Cipem o Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato Grosso), Simno (Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste do Mato Grosso), Sindiflora (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Base Florestal do Mato Grosso), Sindinorte (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte do Mato Grosso), Simas (Sindicato dos Madeireiros de Sorriso), Simava (Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos), Sindilam (Sindicato das Indústrias de Laminados e Compensados do Estado do Mato Grosso) e Simenorte (Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte do Mato Grosso).

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