13 de janeiro de 2025

Jovem atacada com soda cáustica em Jacarezinho diz ter visto pessoa se aproximar com ‘copo borbulhando’

Isabelly Aparecida Ferreira Moro ficou 17 dias no hospital e afirma que não teve sequelas. Acusada do crime foi presa pela polícia. Defesa pediu que ela seja transferida para cela isolada. Imagens mostram jovem buscando por ajuda após ser atingida com ácido no rosto
A jovem Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, que foi atacada com soda cáustica em Jacarezinho, no norte pioneiro do Paraná, lembra de características da pessoa que jogou o produto nela.
O caso foi no final de maio. A acusada do crime é Débora Custódio, de 22 anos. Ela fugiu, mas acabou presa pela Polícia Militar (PM). A defesa pediu que ela seja transferida para uma cela isolada.
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Em entrevista à RPC, Isabelly disse que tentou se afastar da pessoa quando percebeu ela se aproximando.
“Eu estava subindo a rua para a academia, quando vi uma pessoa com roupa masculina, com peruca, luva e copo borbulhando. Na hora assustei e fui tentar atravessar a rua. Lembro que ela veio e jogou o produto em mim. Depois disso só senti a dor, pedi socorro e cheguei ao hospital. Depois não lembro mais nada”, contou.
Isabelly Aparecida Ferreira Moro, atacada com soda cáustica em Jacarezinho (PR)
Reprodução/RPC
A jovem ficou 17 dias internadas no Hospital Universitário (HU) de Londrina, norte do estado. Ela recebeu alta no último sábado (8).
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“Acordei depois de três dias. Foi a sensação mais horrível da minha vida. Do nada você está bem, e de repente você acorda intubada, ligada em um monte de aparelho. Eu estava perdida, não sabia o que estava acontecendo”, afirmou.
Isabelly explicou que não teve sequelas, mas comentou que a soda cáustica atingiu a boca, o cabelo e parte dos seios. Por isso, ela está em processo de recuperação, com dieta de alimentos pastosos e gelados.
A investigação
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A Polícia Civil conseguiu imagens que mostram a acusada do crime, Débora Custódio, andando com roupas pretas e uma peruca por uma rua de Jacarezinho.
Os delegados que investigaram o caso disseram que encontraram a peruca na casa da avó da então suspeita. Segundo eles, o fato dela não ter dormido em casa no dia do ataque e buscado o filho na creche, como costumava fazer, aumentou a desconfiança de que ela poderia ter ligação com o crime.
Débora foi presa no pátio de um hotel da cidade, onde pediu ajuda a um funcionário, que chamou a polícia.
A motivação
Quando Débora foi presa, a delegada Carolinne dos Santos, da Polícia Civil, disse que o motivo para o crime foi ciúmes. Na mesma ocasião, a delegada contou que, no interrogatório, Débora disse que só queria “dar um susto” na vítima.
Isabelly, a sacola e o local com a marca da soda cáustica no chão
Arquivo pessoal e reprodução
Na mesma ocasião, o advogado de Débora disse que a cliente detalhou à defesa todo o crime e justificou que a “ação extrema” teria sido resultado de uma “série de humilhações e provocações” sofridas por parte da vítima.
Ela foi denunciada pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado, com as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil (ciúmes), emprego de meio cruel e feminicídio.
De acordo com o MP, a denúncia foi aceita pela Justiça na última sexta-feira (7).
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