Leandro Parizotto deverá comparecer bimestralmente em juízo, está proibido de sair da cidade por mais de 15 dias e de frequentar bar onde situação aconteceu. Defesa diz que fatos não aconteceram da forma indicada no Boletim de Ocorrência. Arma apreendida com o policial civil detido em Curitba
Reprodução
A Justiça concedeu liberdade provisória ao policial civil Leandro Parizotto, no início da tarde desta terça-feira (10).
O policial foi preso em flagrante na noite de sábado, em Curitiba, suspeito de ameaçar clientes de um bar e na sequência dirigir bêbado.
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Parizotto deverá comparecer bimestralmente em juízo, está proibido de se ausentar da cidade na qual reside por mais de 15 dias sem autorização e proibido a frequentar o bar onde a situação aconteceu.
Além disso, teve o porte e posse de armas de fogo suspensos por pelo menos 90 dias.
No documento, a Justiça considerou que, apesar dos indícios de autoria e de que a soma das penas dos crimes ultrapasse quatro anos, Parizotto é réu primário, tem bons antecedentes e não há, na investigação, “nenhuma circunstância que extravase a gravidade já inerente aos tipos penais em questão”.
André Romero, advogado responsável pela defesa do policial, afirmou que os fatos não aconteceram da forma como foi indicada no Boletim de Ocorrência (B.O) e que solicitou imagens do local da abordagem e do estabelecimento onde supostamente houveram as ameaças.
Além disso, afirmou também que uma resolução da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp) estabelece critérios para abordagem de policiais civis por policiais militares e vice-versa e que “aparentemente essa resolução foi ignorada”.
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Ameaças e embriaguez ao volante
Segundo um boletim da ocorrência registrado pela Polícia Militar, a polícia foi chamada para atender um caso de um homem que teria sacado uma arma de fogo, ameaçado pessoas em um bar no Bairro Boa Vista e fugido do local de carro.
A corporação começou o patrulhamento na região e encontrou o suspeito dirigindo. O Boletim de Ocorrência cita que Parizotto estava visivelmente embriagado.
A Polícia Militar registra no documento que, ao tentar abordar Parizotto, ele disse ser policial e afirmou:
“Quem são vocês para me pararem? Não vou ser abordado, não vou levantar as mãos. Estou armado e ninguém vai chegar perto de mim”, indica o B.O.
Mesmo assim, segundo o boletim, os policiais militares continuaram insistindo nas ordens, pedindo que o motorista se afastasse, pois ele chegava cada vez mais perto dos agentes.
Quando o policial civil levou a mão direita à cintura, onde estava a arma, os policiais militares afirmam que tiverem que usar “táticas de controle” para imobilizá-lo e desarmá-lo.
Ainda assim, o suspeito resistiu fisicamente, xingou os agentes, e chegou a ferir a mão de um deles.
Na sequência Parizotto foi identificado e o Batalhão de Polícia de Trânsito acionado para a realização do teste do bafômetro. Ele se recusou a fazer o exame.
“A equipe constatou que ele apresentava diversos sinais de embriaguez, como agressividade, olhos vermelhos, hálito etílico, arrogância e exaltação. […] Dentro do veículo foram encontradas latas de cerveja abertas e fechadas”, diz trecho do documento.
O Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), da Polícia Civil, também foi acionado e foi dada voz de prisão ao agente pelos crimes de:
Ameaça;
Desacato;
Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência;
Desobediência;
Resistência.
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