Testemunhas e vítimas foram ouvidas. Situação ocorreu em 2021, em um estabelecimento que está localizado na zona sul do município. Fórum de Sorocaba suspende expediente presencial por falta de energia elétrica
Google Street View/Reprodução
A 1º Vara Criminal de Sorocaba (SP) realizou a primeira audiência do caso em que a recepcionista de um hotel, na zona sul da cidade, teria sido vítima de injúria racial, na tarde desta segunda-feira (10). Segundo a denúncia, a mulher teria sido chamada de “negona” e “fedida”, entre outros insultos. O caso aconteceu em 2021.
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Na audiência, foram ouvidas a vítima e duas testemunhas de acusação. Uma terceira testemunha não compareceu. Com isso, será designada nova audiência para ouvir essa pessoa e também haverá o interrogatório da acusada. Não há data para que isso ocorra.
Entenda o caso
A situação ocorreu na noite de 4 de dezembro de 2021, em um hotel que fica no bairro Campolim, em Sorocaba. Por um erro da recepcionista, não houve a reserva de vagas para uma família.
O fato teria provocado uma discussão e em determinado momento, a mãe da pessoa que fez a reserva, teria ofendido a gerente, mesmo ela tendo reconhecido o erro e tendo devolvido os valores.
Conforme o boletim de ocorrência, a mulher teria chamado a gerente de “sua negona!”, “seu lugar não é aqui, sua negona”, “negona incompetente”, “fedida”, e “cala a boca sua negona”. Acusada confirmou a discussão, mas negou as ofensas racistas.
Em junho de 2023, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio da promotora Helena Cecília Diniz, denunciou a mulher por injúria racial. Neste mesmo mês, o juiz José Carlos Metroviche aceitou a denúncia e a mulher passou a ser ré na ação.
A defesa da acusada, que reside em São Paulo, pediu a absolvição, argumentando a ausência de provas de que tenha utilizado expressões racistas. Em dezembro de 2023, o pedido foi negado pela Justiça. Na sequência, houve a determinação da audiência realizada nesta segunda-feira.
O advogado Edson Luiz Gaona, que representa a acusada, voltou a negar qualquer crime. Ele ainda questionou a falta de provas no caso e diz que em momento algum houve menosprezo ou injuria racial contra a recepcionista.
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