Eleição do Parlamento Europeu envolve 27 países e mais de 370 milhões de eleitores. Ela define quem vai ocupar 720 vagas do Parlamento e funciona como um termômetro da aprovação dos governantes dentro dos seus próprios países. Como a eleição para o Parlamento Europeu pode refletir no Brasil, principalmente no que envolve a relação do bloco do continente com o Mercosul?
Para Kai Lehmann, professor de Relações Internacionais da USP, a chance do acordo União Europeia e Mercosul ser ratificado, agora, são menores.
“Não vejo que uma grande possibilidade desse novo Parlamento, na sua nova composição e dos governos nacionais, comprarem essa luta política para ratificar esse tratado que, entre aquelas pessoas que votam na extrema direita não têm popularidade, não tem respaldo.”
Em entrevista ao podcast O Assunto desta terça-feira (11), Lehmann disse acreditar que a América Latina e, de modo geral, a América do Sul e o Brasil, vão perder espaço na agenda da União Europeia.
“Acho que a União Europeia vai, nos próximos meses e provavelmente nos próximos anos, focar muito mais em questões internas, principalmente relacionadas à economia, à imigração e, imagino eu, em segurança e guerra na Ucrânia ao invés de grandes iniciativas da União Europeia no mundo lá fora.”
Acordo entre UE e Mercosul fica mais longe
Segunda maior do mundo, a eleição do Parlamento Europeu envolve 27 países e mais de 370 milhões de eleitores.
Ela define quem vai ocupar 720 vagas do Parlamento e funciona como um termômetro da aprovação dos governantes dentro dos seus próprios países. E o que é a temperatura mostra é uma extrema direita mais forte em países como Alemanha, Itália e Áustria.
Ouça a íntegra do episódio aqui.
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Eleição europeia reflete crises internas
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Carol Lorencetti, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Apresentação: Natuza Nery.
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