Corpo, segundo a família é de Caio Rondão. Durante meses, família fez buscas pelas regiões Metropolitana e dos Lagos. Corpo foi encontrado por pedreiro a menos de 500m da casa da vítima, em vila onde mora um amigo dele. Corpo de Caio acabou caindo em telhado
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A Polícia Civil fez exames de DNA em um corpo encontrado nesta segunda-feira (10) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para confirmar que ele é de Caio da Silva Rondão, de 21 anos, desaparecido desde o carnaval, como acredita sua família.
A previsão é que os exames levem 40 dias para ficar prontos. Os investigadores também seguem procurando Wesley de Souza – amigo de Caio e morador da vila onde o corpo foi encontrado. Outras testemunhas também estão sendo ouvidas.
Um pedreiro encontrou o corpo dentro de um saco na vila de casas no fim da manhã desta segunda-feira (10).
Corpo que pode ser de jovem desaparecido desde o carnaval é encontrado durante obra perto de casa de amigo na Baixada Fluminense
Testemunhas contaram que, após a descoberta do pedreiro, Wesley tentou fugir com o corpo, mas que, com o peso, o saco acabou ficando no telhado de uma casa. Wesley, então, fugiu e não foi mais visto.
“Esse pedreiro estava fazendo a obra e foi pegar uma areia. Quando ele enfiou a pá, viu que tinha um corpo ali, e chamou a família”, contou a prima da vítima Aline Machado.
Segundo testemunhas, Wesley tentou fugir quando o corpo, enrolado em cobertores dentro de um saco preto, foi descoberto.
“Quando o amigo viu, saiu correndo. Quando esse pedreiro foi chamar o meu irmão, ele viu, pegou o corpo no saco e subiu os telhados. Não conseguiu fugir com o saco, largou no telhado e foi fugindo pelas casas”, disse Aline.
“Meu irmão, quando abriu o saco preto, realmente tinha um corpo em decomposição.”
Sumido desde 9 de fevereiro
Caio era vendedor de uma loja de peças de moto. Ele havia saído de casa no dia 9 de fevereiro, sexta de carnaval. A falta de informações precisas causou estranheza na família.
Ora ele mandava mensagens dizendo que estava no bairro da Penha, na Zona Norte da capital, ora em Arraial do Cabo.
Durante quatro meses, a família da vítima fez buscas pelas regiões Metropolitana e dos Lagos.
Mensagens de celular
“Segunda-feira, supostamente o Caio mandou mensagem para três amigos que ele tem – o Wesley e mais dois –, dizendo pra pegarem o videogame dele e duas blusas do Flamengo na casa da mãe dele, avisando. Os outros dois amigos não estavam aqui próximo, e esse Wesley, que está foragido, estava”, contou a prima.
“Da segunda em diante, não conseguimos mais [contato] com ele. Apagaram as mensagens do telefone da minha tia de domingo até segunda. Aí, a gente desconfiou que não era ele falando. Ele falou que ia voltar para casa na quarta. A gente ligou e ele não atendia. A gente acha que essas mensagens eram para despistar a família”, acrescentou.
A prima contou ainda que na quinta-feira, 15 de fevereiro, houve uma ligação estranha. “Na quinta-feira, ligaram do telefone do Caio. Quando o irmão dele atendeu, falaram: ‘Não liga porque a gente tá aqui com o telefone e o videogame dele”.
R$ 7 mil sumidos
A família diz também que Caio tinha trocado de emprego pouco antes do desaparecimento. Ele estava com cerca de R$ 7 mil – quantia referente a rescisão e ao primeiro salário do novo emprego. O dinheiro sumiu.
“Ele devia ter uns 7 mil. E tinha falado pros colegas dele que ia gastar no carnaval e sumiu justamente na sexta-feira de carnaval. O que eu mais temia era algo tão cruel”, lamentou a parente.
Wesley, o principal suspeito do crime, segundo a polícia, ainda não se apresentou à polícia. O RJ2 não conseguiu contato com a defesa dele.