Agentes saíram para cumprir mandados de busca e apreensão endereços no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais. Operação em 5 estados mira grupo que lavou dinheiro para milícia de Zinho
A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quarta-feira (12) a Operação Magnum, contra a lavagem de dinheiro da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Segundo as investigações, um grupo movimentou, de 2021 a 2024, R$ 30 milhões, resultado da grilagem de terras, da exploração do transporte de vans e da extorsão contra comerciantes e moradores.
Agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) saíram para cumprir 56 mandados de busca e apreensão contra 23 pessoas físicas e jurídicas em endereços no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais.
No Rio, mandados foram cumpridos nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande, Santa Cruz, Curicica e Paciência, além do Município de Seropédica.
Entre os alvos estão Marcelo Morais dos Santos, o Grande, e Marcus Vinicius Vitoriano Profeta, o Profeta. Eles investiram parte dos R$ 30 milhões obtidos com as atividades criminosas em criptomoedas.
Grande era da quadrilha de Danilo Dias Lima, o Tandera, e mudou para o bando de Zinho em 2022. Ele é dono da Diamante Transporte e Locações, em Seropédica. A empresa movimentou R$ 1,3 milhão em 6 meses, entre julho de 2022 e janeiro de 2023.
Em setembro de 2023, porém, parentes registraram o desaparecimento de Grande. Eles acreditam que o empresário tenha sido assassinado.
Zinho se entregou à Polícia Federal (PF) na véspera do Natal passado. A partir daí, a milícia dele sofreu rachas e disputas pelo poder.
Rui Paulo Gonçalves Estevão, de 33 anos, o Pipito, que havia reivindicado a chefia do grupo, foi morto na última sexta-feira (7) em uma operação em Santa Cruz.
Esta reportagem está em atualização.