16 de janeiro de 2025

Pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão precisam reaprender a viver, diz coordenadora de projeto da UFMG

No podcast Gerais no g1, a coordenadora da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG, Lívia Miraglia, detalha o trabalho de reinserção de brasileiros que tiveram as vidas ‘sequestradas’ por anos. Falta de pagamento de salário, de acesso aos estudos, de banheiro, de ventilação, de água potável. Pessoas que vivem em condições de trabalho análogo à escravidão são obrigadas a lidar com a escassez. Principalmente a de dignidade.
Minas Gerais é o estado que lidera a lista suja de empregadores responsáveis por este crime. As atividades mais comuns são carvoarias, lavouras de café e o trabalho doméstico.
Homens são resgatados em situação semelhante a trabalho escravo em plantação de milho em Santa Bárbara de Goiás
Ministério do Trabalho/Divulgação
Muitas destas pessoas já foram resgatadas pela fiscalização do Ministério do Trabalho. Mas e depois? Como devolver a elas o controle da própria vida?
Segundo a coordenadora da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG, Lívia Miraglia, a maioria dos resgatados desconhece seus direitos e foram privados de independência.
“Uma mulher resgatada, por exemplo, que fazia trabalho doméstico há décadas e análogo à escravidão, nunca tinha ido a uma ginecologista”, contou ela.
Lívia detalha o cenário do combate ao trabalho escravo no Brasil no podcast Gerais no g1.
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