As representantes da brincadeira informaram que o Balaio de Rosas manterá a dinâmica, as brincadeiras, as trocas, as músicas e a dança. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (13). Com uma nova identidade visual, Cacuriá de Dona Teté se reinventa e passa a se chamar Cacuriá Balaio de Rosas
Divulgação
Uma das manifestações culturais mais tradicionais do Maranhão, o Cacuriá de Dona Teté divulgou o novo nome que será usado a partir dos festejos juninos de 2024: Cacuriá Balaio de Rosas. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa realizada nessa quinta-feira (13).
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A cantora e compositora Rosa Reis, a coreógrafa Luana Reis e a produtora cultural Imira Brito informaram que o Balaio de Rosas manterá a dinâmica, as brincadeiras, as trocas, as músicas e a dança, mas com uma nova identidade visual, dando protagonismo para as personagens envolvidas que se dedicam ao cacuriá.
Cacuriá de Dona Teté
Reprodução/Nelson Magela
Durante a coletiva, Rosa Reis ressaltou o legado gigantesco de Dona Teté para a cultura do Maranhão e disse que a mudança no nome do grupo para Balaio de Rosas tem a iniciativa de exaltar ainda mais a história do cacuriá desenvolvido pela cantora, compositora e percussionista, abrindo mão do nome original para valorizar e influenciar todos os grupos que dão continuidade a esse legado.
“Detentora do título honorável de dama da cultura popular maranhense, Teté se transmutou em um símbolo do nosso Estado, imortalizada em suas canções, seu toque de caixa e sua divertida paixão pela liberdade. E em respeito a toda história e dedicação que alçamos Teté ao patamar de símbolo de todos os cacuriás do Brasil. Teté é muito maior do que o seu Cacuriá! E como grandes símbolos precisam de liberdade para existirem, e na intenção de que ela siga influenciando não apenas um, mas todos os grupos de cacuriás, cantores e compositores, o inesquecível nome “Cacuriá de Dona Teté” entra para a história como símbolo cultural do estado do Maranhão. Porque todos os cacuriás são, de certa forma, cacuriá de Dona Teté!”, afirma Rosa Reis.
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Em relação ao nome Balaio de Rosas, Rosa Reis destacou que a escolha foi feita com muito carinho e cuidado, tendo como objetivo representar a união, a alegria e a tradição que são marcas do trabalho do cacuriá, além de reforçar a paixão e o compromisso com a cultura maranhense. O balaio e a rosa são vistos como símbolos de diversidade, luta, arte, força e liderança das mulheres.
“O nome traz as rosas como um símbolo além da beleza. Em sua diversidade de cor e em seu grande número de pétalas, representam a diversidade presente no grupo em gêneros, corpos, raças e sexualidade. As rosas também trazem os espinhos, que servem como símbolos das nossas lutas em sociedade. O Balaio traz o sentido de apreço à cultura popular e significa a arte feita a tantas mãos”, discursou a cantora.
O cacuriá surgiu na segunda metade do Século XX, como parte das festividades do Divino Espírito Santo. Almerice da Silva Santos, a dona Teté, começou a participar das festividades promovidas pelo mestre Alauriano Campos de Almeida, mais conhecido como Seu Lauro, durante os anos 70, e criou o Cacuriá de Dona Teté em 1986, com o apoio do grupo artístico Laborarte, no Centro de São Luís.
Com suas canções, toque de caixa e muita alegria, Dona Teté se tornou um símbolo da cultura popular maranhense e comandou o seu cacuriá até morrer em 2011, aos 87 anos.