Clenilton Lemes Correia foi atropelado na madrugada do último domingo, na GO-020. Justiça concedeu liberdade provisória para o motorista. Clenilton Lemes Correia morreu após ser atropelado e arrastado por um carro de luxo, na GO-020, em Goiânia, Goiás
Arquivo pessoal/Reprodução
A Mercedes-Benz C180 que atropelou o vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos, tinha R$ 8 mil em multas e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atrasados. Casado e pai de dois filhos, Clenilton foi resgatado ainda com vida, mas não resistiu e morreu.
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O motorista do carro, o empresário Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, foi preso, mas solto na terça-feira (11). Em nota, a defesa dele afirmou que ele conseguiu uma liberdade provisória e deverá cumprir medidas cautelares diversas da prisão (íntegra no fim desta reportagem).
Segundo a Polícia Militar (PM), o carro que Antônio dirigia no momento do acidente pertence ao pai dele, que não teve o nome divulgado pela polícia. O g1 pediu nota à defesa do suspeito na tarde desta sexta-feira (14), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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Multas e IPVA atrasado
Conforme obtido pela TV Anhanguera, na manhã desta sexta-feira (14), o carro estava com os IPVA’s de 2022, 2023 e 2024 atrasados. Juntas, as três parcelas do imposto são mais de R$ 8,2 mil. Além disso, o veículo tem um débitos de infrações de mais de R$ 1,7 mil vencidos.
A mercedes estava com o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) impedido por causa dos impostos atrasados e das pendências de multas. Conforme informações do site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), com o CRLV impedido o carro não pode circular.
Antonio Netto, suspeito de atropelar e matar vigilante em rodovia de Goiânia, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Liberdade provisória
Conforme decisão do desembargador Ivo Favaro, Antônio responderá pelo crime em liberdade. Porém, ele deverá estar presente sempre que intimado no processo, manter o endereço atualizado na Justiça e, além disso, estar em casa após as 21h e aos sábados, domingos e feriados.
Dor da família
A família e os amigos se despediram do vigilante na tarde de segunda-feira (10), quando o corpo dele foi sepultado, em Goiânia. Diante da dor de perder o marido e o pai dos dois filhos do casal, Antônia cobrou justiça para que mais famílias não passem por essa perda.
“Isso é muito grave, eu sei que isso não é a primeira vez e não vai ser a última. Não pode ficar impune”, afirmou a mulher do vigilante.
O pai de Clenilton, João Lemes, que mora no Pará e veio para Goiânia para o velório do filho, falou sobre o último encontro com o vigilante há um mês. “Ele estava há 10 anos sem ir ao Pará, parece que estava adivinhando o nós não íamos nos ver mais”, desabafou João.
Pai de vigilante fala sobre o último encontro com o filho
Acidente
Clenilton, de 39 anos, morreu após o motorista bater na traseira da motocicleta dele na GO-020, segundo a Polícia Militar. De acordo com os policiais, Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, dirigia um carro do modelo Mercedes-Benz C180 e fugiu do local sem prestar socorro.
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