A denúncia contra os envolvidos aponta que o grupo político do governador usou programas da Fundação Ceperj e da Uerj para contratar cabos eleitorais e promover as candidaturas. MPE alega que decisão a favor dos citados teve ‘omissões e contradições’. Cláudio Castro (PL) durante missa na Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ).
DAVI CORRÊA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
A Procuradoria Regional Eleitoral, órgão do Ministério Público Federal, entrou com um recurso contra a decisão da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, que absolveu o governador Cláudio Castro (PL) e seu vice Thiago Pampolha (MDB) de abuso de poder político e econômico durante a eleição de 2022.
Segundo a denúncia do Ministério Público Eleitoral, o grupo político do governador, que também inclui o presidente da Alerj, o deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), usou programas da Fundação Ceperj e da Uerj para contratar cabos eleitorais e promover as candidaturas.
Em maio, desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) votaram para decidir se cassavam os mandatos ou absolviam os réus. Foram quatro votos para absolver e três para condenar os citados.
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Em seu recurso ao TRE, o Ministério Público Eleitoral alega que a decisão tem omissões, contradições e premissas equivocadas a serem apreciadas.
O governador Cláudio Castro disse que recebe com tranquilidade o recurso e que, assim que receber a intimação, prestará os esclarecimentos.
O governador disse ainda que segue confiante de que a Justiça reconheça a vitória dele nas urnas, com mais de 2,6 milhões de votos de diferença do segundo colocado.