18 de janeiro de 2025

Chuva no Vale do Taquari volta a preocupar moradores

O nível do Rio Taquari não para de subir desde as fortes chuvas de domingo (16). No fim da tarde, chegou a quase 24 m – 5 m acima da cota de inundação. Moradores do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, saem preventivamente das casas e comércio
No Vale do Taquari, a população se viu de novo ameaçada pelas águas.
A movimentação se repete em Lajeado. Uma cidade apressada para desocupar os imóveis e levar o que for possível depois de mais uma inundação. A água está invadindo as casas e, enquanto a inundação não chega, moradores já estão colocando do lado de fora os móveis, as roupas para o caminhão levar. Mesma coisa está acontecendo em um bar: os donos já estão retirando tudo antes que alague.
“Eu já boto nas caixas tudo, começo a agilizar tudo para mandar embora, né? Porque tem que deixar tudo pronto para carregar, né?”, diz o comerciante Elton Harter.
Desempregada, Kelly Eduarda Schmitz também acelerou a mudança:
“É a terceira vez que a gente perde tudo. Não tem muito o que fazer. Só tirar as coisas”, fala.
Na casa da Alessandra de Jesus Soares, desempregada, a água já começou a entrar. Ela vai passar a noite com a família em um abrigo.
“Já tem que sair ligeiro para não perder as coisas de novo, porque está difícil arrumar tudo de novo. É muito triste mesmo. A gente não quer sair das nossas casas”, conta.
O nível do Rio Taquari não para de subir desde as fortes chuvas de domingo (16). No fim da tarde, chegou a quase 24 m – 5 m acima da cota de inundação. A ponte reconstruída por voluntários entre Lajeado e Arroio do Meio foi interditada porque os acessos estão alagados. Já o Exército retirou as passadeiras sobre o Rio Forqueta quando, neste domingo (16), a cheia pôs em risco a segurança da travessia.
A situação dos arroios também preocupa. No arroio Tamanduá, no município de Marques de Souza, a correnteza está muito forte quase um dia depois do início das chuvas de domingo. A gente percebe que a água está quase atingindo um pontilhão que liga duas comunidades. Também houve transtornos em outras cidades do Vale do Taquari.
Na região do Vale do Rio Pardo, a força da água derrubou estruturas provisórias para passagem de veículos e pedestres. O caminhoneiro Marciano Ricardo Gross morava com a mãe na beira do rio e teve a casa destruída pela enxurrada. Se mudou para a casa vizinha, do tio dele, e está apreensivo com as novas enchentes.
“Qualquer chuva que dá, não tem descanso. Mas, a princípio, nós vamos ficar monitorando. E caso ele entre, venha de novo para cá, a única solução e a gente erguer as coisas e sair de casa”, diz.

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