19 de janeiro de 2025

Gravação da séria DNA do Crime da Netflix bloqueia rodovia no oeste do Paraná

PR-497 está bloqueada em trechos que passam por São Miguel do Iguaçu. Locais estão sinalização e ficarão fechados até às 18h30. Série é inspirada em crime real registrado na fronteira em 2017. DNA do Crime foi inspirada em mega-assalto a empresa de valores do Paraguai
Divulgação Netflix
A gravação de parte das cenas da segunda temporada da série DNA do Crime, da Netflix, bloqueiam nesta terça-feira (18) parte da PR-497, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, informou o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
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Segundo o departamento, os locais ficarão fechados pelo menos até às 18h30 desta terça (18). Este é o quarto bloqueio da via em uma semana para filmagens do seriado inspirado no mega-assalto a transportadora de valores Prosegur, em Cidade do Leste, no Paraguai, em 2017. Relembre mais abaixo.
Segundo o DER, o pedido de bloqueio foi feito pela produtora da série, respeitando as normas vigentes. Os locais estão com sinalização e desvios, o que não interfere na passagem de veículos pela região. Pelo menos 300 profissionais de diversos setores participam das gravações nesta terça (18).
Conforme o DER, este é o quarto bloqueio da região em uma semana para as gravações da segunda temporada da série policial do streaming que deve estrear em 2025.
Mega-assalto à transportadora do Paraguai inspirou série
Transportadora de valores em Ciudad del Este fica a 4 quilômetros da Ponte da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu
Editoria de Arte/G1
Um mega-assalto à transportadora de valores Prosegur, em Cidade do Leste, no Paraguai, em 2017 inspirou a série DNA do Crime que estreou em novembro de 2023 na Netflix.
O crime ocorreu na madrugada de 24 de abril de 2017. Mais de 40 assaltantes participaram do roubo que totalizou mais de US$ 11,7 milhões – o equivalente a R$ 40 milhões à época – da transportadora de valores.
Explosivos foram usados para arrombar o cofre da empresa, que fica a cerca de quatro quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A ação durou mais de três horas. Veja a localização da empresa em relação à Foz do Iguaçu no mapa acima.
Troca de tiros entre suspeito e policiais
Na troca de tiros, um policial que fazia segurança particular à transportadora foi morto. Na fuga, vários carros blindados usados pela quadrilha foram abandonados.
Ainda segundo a polícia, parte dos suspeitos cruzou a fronteira pelo Lago de Itaipu e se dividiu por municípios brasileiros de fronteira, como Itaipulândia e São Miguel do Iguaçu, onde houve confrontos.
Durante a fuga, os ladrões espalharam “miguelitos” – espécie de tachas de metal usadas para furar pneus de veículos – para impedir que fossem seguidos pela polícia e incendiaram ao menos 13 veículos. Eles também abandonaram cinco caminhonetes blindadas, todas com placas de SP.
Três suspeitos morreram e 15 foram presos também em Cascavel, Foz do Iguaçu e Guaíra.
Na época, foram apreendidos explosivos e armas de vários calibres, como fuzis, e recuperados R$ 4,5 milhões em cédulas de real, guarani e dólar.
Confira horário e como agiram os criminosos no mega-assalto:
Mega-assalto no Paraguai
Editoria de Arte/G1
Mansão foi usada antes de mega-assalto
Parte dos suspeitos envolvidos no mega-assalto usaram uma mansão em Ciudad del Este, mesmo município da ação. A casa funcionava como base estratégica da quadrilha no país vizinho, segundo a PF.
As investigações conjuntas entre a Polícia Nacional paraguaia e a PF, batizada de Operação Resposta Integrada, indicaram que o maior assalto da história do país vizinho foi praticado por membros de uma facção criminosa brasileira.
Os brasileiros, segundo a investigação, tiveram apoio dos paraguaios, com um arsenal que superou a capacidade de resposta da Polícia Nacional.
Uma perícia realizada na casa em Ciudad del Este, usada pelo grupo por cerca de 30 dias até o dia do assalto, e exames de DNA identificaram cerca de 30 perfis genéticos.
De acordo com a investigação, alguns tinham registro no banco de dados genéticos da polícia e participação em outros crimes no Brasil como roubos a bancos e a empresas de valores.
Pesquisas genéticas ajudam a desvendar o maior assalto da história do Paraguai
Reprodução
A atuação da perícia criminal da Polícia Federal venceu o prêmio “DNA Hit Of The Year” 2020, um dos mais importantes concursos internacionais para a área de genética forense, que é o uso da genética em investigações criminais.
Por meio do confronto de dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), a perícia federal ajudou a identificar e a condenar alguns dos responsáveis pelo assalto à sede da transportadora de valores no Paraguai.
A premiação atribuiu o caso “emblemático” de uso dos bancos de dados de DNA para a resolução e prevenção de crimes. Esta foi a primeira vez que uma equipe brasileira recebeu o prêmio.
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