Segundo o MP, Fernando Batista Godoy acelerou para se desvencilhar do corpo de Larissa Karolyne Furlan de Souza, em 2020. Defesa dele recorreu da decisão. Larissa Karolyne Furlan de Souza morreu após ser atropelada em Araraquara. Quatro anos depois, motorista foi condenado
Arquivo pessoal/Acidadeon Araraquara
O motorista Fernando Batista Godoy, de 32 anos, foi condenado a 26 anos de prisão por homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de matar) na condução de veículo, pelo atropelamento de Larissa Karolyne Furlan de Souza, de 23 anos, em Araraquara (SP).
O acidente aconteceu em 2020 e, segundo o Ministério Púlico, o réu não prestou socorro após o atropelamento e ainda acelerou o veículo para desvencilhar o corpo que estava preso ao automóvel.
O Plenário do Júri realizado em 11 de junho. Além da prática do crime de homicídio, como o motorista fugiu sem prestar socorro, ficaram configuradas também infrações aos artigos 304 e 305 do Código de Trânsito Brasileiro.
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A defesa de Godoy recorreu da decisão por considerar a pena muito alta. “Ele era uma pessoa que tinha bons antecedentes, residência fixa, trabalho fixo e cumpria os requisitos para pegar o mínimo legal, mas ele levou uma pena muito além do mínimo. Estamos recorrendo para redução da pena que achamos que foi injusta” , afirmou o advogado Paulo César Vieira
O réu já estava preso preventivamente desde maio de 2023 e permanece recluso na penitenciária de Araraquara.
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Acelerou para desvencilhar o corpo
O acidente aconteceu em 3 de agosto na Avenida Abdo Najm, via de acesso à Rodovia Antônio Machado Sant’Anna (SP-255). Larissa Karolyne Furlan de Souza e o marido estavam em uma moto que colidiu contra um carrinho de sucata. (relembre no vídeo abaixo).
Com o impacto, ela caiu na estrada e foi atropelada por um carro que passava. De acordo com a denúncia, oferecida pelo promotor João Guimarães Cozac, o carro era dirigido por Godoy, que não possuia habilitação.
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A jovem ficou presa a uma das rodas do veículo e Godoy teria acelerado diversas vezes na tentativa de se desvencilhar do corpo. Após conseguir concretizar seu objetivo, ele teria passado novamente com o carro sobre a vítima e fugido. Larrisa morreu no local.
Por meio do depoimento de testemunhas e de imagens de câmeras de monitoramento da Guarda Civil Municipal, a Polícia Civil encontrou o veículo em uma casa, no Jardim Morumbi.
Segundo o delegado responsável pela investigação, o carro havia sido lavado e estava descaracterizado.
Com o auxílio do luminol foi possível localizar marcas de sangue em diversas partes do veículo, inclusive na roda.
Na época, Godoy negou o crime e disse à polícia que o carro estava em uma oficina mecânica no dia do atropelamento e que no momento do acidente estava com um amigo em casa.
As investigações também apontaram que Larissa estava viva quando foi atropelada.
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