19 de janeiro de 2025

Criança capixaba teve 100% do rosto queimado em explosão de lancha em Cabo Frio, diz família

Mãe, que está grávida de 3 meses, teve 50% do corpo queimado. Acidente foi na tarde de segunda-feira (17) na Ilha do Japonês, em Cabo Frio. Veja estado de saúde dos capixabas que estavam em lancha que explodiu em Cabo Frio, RJ
Uma das crianças que estava na lancha que explodiu em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, teve 100% do rosto queimado, segundo familiares. Davi Freire Zerbone, de quatro anos, está intubado no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, e o estado de saúde é considerado grave. As informações foram confirmadas pelo hospital e pela família do menino, que é de Cariacica, Grande Vitória.
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O acidente foi na tarde de segunda-feira (17) na Ilha do Japonês, em Cabo Frio. Havia 11 pessoas na embarcação – sendo o piloto e 10 passageiros – e, de acordo com um dos passageiros, o acidente foi minutos após a lancha parar para abastecer.
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Ilha do Japonês, em Cabo Frio
Internauta
O g1 conversou com Gabriella Sampaio. Ela é irmã de Letícia Sampaio, de 26 anos, que está grávida de três meses, e tia do Davi. Mãe e filho estão entre as vítimas do acidente.
“O Davi foi transferido para uma área de isolamento no hospital. Graças a Deus, ele está com vida. Ele ainda está nas 48 horas de risco, mas estamos confiante na recuperação dele”, disse Gabriella Sampaio.
Gabriella contou que já viu Letícia pessoalmente.
“Minha irmã não perdeu o neném. O bebê está vivo, graças a Deus. Ela teve 50% do corpo queimado, principalmente braço, pernas, peito e pés. Mas ela tá bem, tá lúcida, tá brincando”, disse.
A irmã de Letícia disse que, até então, a família não havia recebido nenhum tipo de assistência por parte da empresa que alugou a lancha.
“Nada. Nem ligar para saber como eles estão. Quando eles [as vítimas] entraram na embarcação, eles [a empresa] também não falaram nada sobre colete ou algum tipo de precaução”, destacou.
O g1 não conseguiu localizar a empresa responsável pelo passeio.
Questionada sobre o acidente, a Marinha do Brasil informou que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) instaurou inquéritos administrativos, cujo prazo de conclusão é de 90 dias, com o propósito de apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades do acidente (leia a nota na íntegra no final da matéria ou clique aqui).
Estado de saúde das vítimas
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio informou que os turistas capixabas foram atendidos, inicialmente, no Hospital Central de Emergências (HCE), em São Cristóvão, e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Parque Burle.
O condutor do veículo e dois homens que tiveram escoriações leves receberam alta. Já os demais pacientes, precisaram ser transferidos.
Vítimas da explosão de lancha em Cabo Frio, RJ
Nota da Marinha
A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1°DN), informa que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) instaurou Inquéritos Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), cujo prazo de conclusão é de 90 dias, com o propósito de apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades, sobre os últimos acidentes com as embarcações “A MAR I”, “BRADOCK” e “EYE SEA”, ocorridos em Cabo Frio – RJ. Os IAFN encontram-se em sua fase de instrução, a qual abrange todos os esforços para a elucidação destes acidentes.
Pontua-se que Ações de Fiscalização do Tráfego Aquaviário (AFTA) são realizadas nas Marinas e Iates Clubes, procedendo uma verificação documental e de equipamentos previstos nas Normas da Autoridade Marítima. Não obstante, as AFTA também são conduzidas no mar, efetuando-se inspeção na documentação do condutor, da embarcação e nos itens de segurança obrigatórios. Em 2024, foram realizadas mais de 5.840 inspeções, 314 notificações, além de 22 apreensões.
Insta salientar, por oportuno, que a DelCFrio realiza palestras para a Comunidade Marítima, ocasião quando é possível reforçar não somente as principais recomendações e precauções de segurança, previstas nos anexos 4B e 5F da NORMAM-211/DPC, mas também contribuir para a redução de falhas de procedimentos.
Cabe ressaltar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1ºDN, para outros assuntos, inclusive denúncias).
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