30 de dezembro de 2024

Receber ajuda financeira depois das enchentes exige persistência dos gaúchos

Tem fila para atualizar os dados do CadÚnico, uma exigência do estado para repassar R$ 2 mil para famílias atingidas pela enchente no Rio Grande do Sul. Gaúchos atingidos por enchente fazem fila para receber benefícios
Receber ajuda financeira depois das enchentes tem exigido muita persistência dos gaúchos. Tem fila grande para atualizar o cadastro.
A fila em frente à Prefeitura de São Leopoldo começa às 21h. São 12 horas de espera até a distribuição das senhas, que inicia às 9h.
“No meu ponto de vista, o que está acontecendo com a população é um descaso”, diz a auxiliar de pedreiro Cleonice da Silva.
O município diz que disponibilizou uma central telefônica.
“Eles deram dois números. Um nem atende, cai na hora. E no outro número, eles abrem, aí tu fica ali horas e horas e nada para atender”, conta a dona de casa Lara Fabiana de Souza.
A equipe do Jornal Nacional testou o serviço e também não teve resposta.
A prefeitura promete dobrar o número de atendentes na semana que vem. A procura é para atualizar os dados do CadÚnico, uma exigência do estado para repassar R$ 2 mil para famílias atingidas pela enchente.
O benefício vem de doações destinadas ao governo estadual através do PIX SOS Rio Grande do Sul. Mas, segundo o governo, somente as inscrições feitas até 15 de junho no CadÚnico serão incluídas no benefício. A enchente atingiu 180 mil moradores de São Leopoldo.
As pessoas que estão em busca desse benefício moram em bairros de São Leopoldo que foram muito castigados pela enchente. Em São Miguel, a água chegou a quase 3 m de altura.
O PIX SOS Rio Grande do Sul soma quase R$ 126 milhões em doações. A população já recebeu R$ 50 milhões e mais R$ 20 milhões devem ser repassados semana que vem. O governo ainda vai avaliar se os R$ 55 milhões restantes serão depositados para as famílias ainda não incluídas. Em São Leopoldo, o prazo para reinvindicação das pessoas não contempladas vai até 13 de julho.
“É um dinheiro que eles não estão dando para gente. Foi doado para o pessoal que precisa. Então, eles estão doando para a gente”, diz a dona de casa Clarice Garcia.

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