27 de dezembro de 2024

PE identifica caso de Candida Auris no Hospital Agamenon Magalhães e muda funcionamento da emergência de clínica e cardiologia

Em 2023, outros dois hospitais públicos suspenderam atendimento por alguns dias após confirmarem casos do superfungo. Hospital Agamenon Magalhães fica localizado na Zona Norte do Recife
Reprodução/Google Street View
A Secretaria de Saúde de Pernambuco identificou um caso do fungo Candida Auris no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Por isso, o governo anunciou que a emergência do hospital passa a ser regulada; o que significa que pacientes precisarão ir primeiro para outro pronto socorro que decidirá se eles precisarão ser encaminhados para o HAM.
Antes o Agamenon Magalhães atendia sem regulação, a chamada “porta aberta”, em que os pacientes de emergência de clínica e cardiologia podiam se dirigir diretamente ao hospital.
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Segundo o governo, a adoção da regulação busca diminuir a demanda da unidade, que deverá receber principalmente pacientes de alta complexidade.
O Candida Auris é considerado um superfungo, por ser bastante resistente a medicamentos. O patógeno foi identificado pela primeira vez em Pernambuco em janeiro de 2022.
A paciente identificada com o fungo é uma mulher de 64 anos que chegou no Hospital Agamenon Magalhães no dia 13 de junho. Cinco dias depois, ela foi direcionada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde segue internada.
Atualmente, a mulher está em isolamento. Mas 17 pacientes que estiveram no mesmo ambiente que ela desde que deu entrada no hospital estão sendo monitorados. O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen) vai realizar exames em amostras colhidas desses pacientes.
Superfungo em Pernambuco
O primeiro paciente com Candida Auris em Pernambuco foi um homem de 38 anos que foi internado no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife, no final de 2021. Os exames, porém, só confirmaram a infecção no início de 2022.
Em agosto de 2022, o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, foi o segundo a confirmar casos do fungo.
A infecção pelo Candida auris é resistente a medicamentos e pode ser fatal
Reuters
Em maio de 2023, os atendimentos no Miguel Arraes foram suspensos porque um dos pacientes infectados pelo fungo havia passado por várias alas da unidade de saúde. O hospital voltou a funcionar em junho daquele ano.
Em julho de 2023, o governo também interrompeu os novos atendimentos no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, por causa do superfungo. Após uma semana, a unidade de saúde voltou a receber pacientes.
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