26 de dezembro de 2024

Corda do Círio 2024 será produzida pela segunda vez no Pará

Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) afirma que problemas ocorridos em 2023 não devem ocorrer neste ano. Produção da corda do Círio 2024 permanece no Pará.
Divulgação
A corda do Círio de Nazaré será produzida integralmente pela segunda vez no Pará. Material é diferente do sisal, que era usado nos anos anteriores. A Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) afirmou que problemas ocorridos em 2023 não devem ocorrer neste ano.
A corda foi doada novamente pela empresa Castanhal Companhia Têxtil (CTC) e será usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões: Círio e Trasladação. Feita de malva e juta, a corda ganhou um novo protótipo e foi testada e aprovada pela DFN.
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O diretor de procissões, Antônio Sousa, disse que é natural que a corda, feita de um material diferente do sisal, seja aprimorada a cada ano até ficar ideal para as procissões.
“Temos uma corda com atracações das argolas mais resistentes que a do ano passado. São essas argolas que são presas nas estações e onde se concentra a maior força. Tivemos o cuidado de tomar todas as providências para que os incidentes ocorridos ano passado não se repitam”, afirmou.
A corda utilizada nas procissões tem 800 metros de comprimento dividida em duas partes de 400 metros, com 60 milímetros de diâmetro. Ela já é adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
A previsão é que a entrega da corda pela CTC ocorra no início de setembro, informou a DFN.
Como é feita a corda do Círio
Até 2022 a corda era produzida em Santa Catarina e feita de sisal, uma fibra vegetal muito dura e resistente. Em 2024, a corda foi produzida por uma composição de fibras de malva e juta, todas elas plantadas e cultivadas na região Amazônica.
Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos, pela presença da malva, sem, no entanto, perder resistência, em razão dos fios de juta.
O processo de transformação em fios envolve muitos os estágios de fabricação, desde a colheita até a produção final.
Histórico
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla do Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la.
Os animais foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.
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