Ponte em Santa Tereza foi destruída pela força da água de um arroio no dia 30 de abril. Dois meses depois, município elabora orçamento para projeto e obra. Santa Tereza: ponte levada por arroio em 30 de abril e situação do local no final de junho
Reprodução/Prefeitura de Santa Tereza
Uma das primeiras imagens do desastre das cheias, que deixaram 179 mortos no Rio Grande do Sul, foi a queda de uma ponte em Santa Tereza, na Serra, há exatos dois meses. A travessia foi levada pela força do Arroio Marrecão no dia 30 de abril, enquanto a prefeita Gisele Caumo (PP) gravava um vídeo alertando dos riscos dos temporais (veja o vídeo abaixo).
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Segundo a prefeita, o município está elaborando orçamentos para contratar a empresa que vai executar o projeto e a obra de reconstrução da ponte.
“Existem alguns trâmites que precisam ser seguidos, nós já estamos num processo bem avançado e na expectativa de começarmos a obra o quanto antes”, afirma Gisele.
A estrutura ficava na Rua Saldanha Marinho e dava acesso a comunidades do interior do município. O trajeto também liga Santa Tereza a São Valentim do Sul. A ponta é considerada importante, não só por ligar comunidades do interior ao centro, como também conectar o município a cidades vizinhas.
Santa Tereza tem 1.505 habitantes. A cidade fica entre a Serra e o Vale do Taquari, sendo inclusive banhada pelo rio, a 29 km de Bento Gonçalves e a 139 km de Porto Alegre.
Ponte é levada pela água durante gravação de prefeita no RS
Chuva dificultou trabalhos
Como seguiu chovendo entre maio e junho, algumas etapas do projeto foram prejudicadas, de acordo com a prefeita. Apenas no mês passado, o acumulado de chuva foi de 762 milímetros na localidade de Linha José Júlio, onde ficava a ponte, local em que funciona uma estação de monitoramento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
“Nós não conseguimos ainda realizar a sondagem, que é necessária para a elaboração do projeto mais específico, porque o rio ainda não chegou num nível que dê a possibilidade para os técnicos realizarem esse estudo”, explica.
Além das obras na ponte e em acessos rodoviários, o município teve casas destruídas pela enchente. Um projeto do governo do estado vai reconstruir as moradias de 24 famílias afetadas em Santa Tereza. Outra iniciativa do município, conforme Gisele Caumo, é mapear áreas alagáveis para desapropriar terrenos e realocar famílias que desejam sair de locais de risco.
Santa Tereza não registrou mortes em razão dos temporais, de acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
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