26 de dezembro de 2024

ANTES e DEPOIS: veja ponte arrastada enquanto prefeita gravava vídeo no RS; município prepara projeto de reconstrução

Ponte em Santa Tereza foi destruída pela força da água de um arroio no dia 30 de abril. Dois meses depois, município elabora orçamento para projeto e obra. Santa Tereza: ponte levada por arroio em 30 de abril e situação do local no final de junho
Reprodução/Prefeitura de Santa Tereza
Uma das primeiras imagens do desastre das cheias, que deixaram 179 mortos no Rio Grande do Sul, foi a queda de uma ponte em Santa Tereza, na Serra, há exatos dois meses. A travessia foi levada pela força do Arroio Marrecão no dia 30 de abril, enquanto a prefeita Gisele Caumo (PP) gravava um vídeo alertando dos riscos dos temporais (veja o vídeo abaixo).
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Segundo a prefeita, o município está elaborando orçamentos para contratar a empresa que vai executar o projeto e a obra de reconstrução da ponte.
“Existem alguns trâmites que precisam ser seguidos, nós já estamos num processo bem avançado e na expectativa de começarmos a obra o quanto antes”, afirma Gisele.
A estrutura ficava na Rua Saldanha Marinho e dava acesso a comunidades do interior do município. O trajeto também liga Santa Tereza a São Valentim do Sul. A ponta é considerada importante, não só por ligar comunidades do interior ao centro, como também conectar o município a cidades vizinhas.
Santa Tereza tem 1.505 habitantes. A cidade fica entre a Serra e o Vale do Taquari, sendo inclusive banhada pelo rio, a 29 km de Bento Gonçalves e a 139 km de Porto Alegre.
Ponte é levada pela água durante gravação de prefeita no RS
Chuva dificultou trabalhos
Como seguiu chovendo entre maio e junho, algumas etapas do projeto foram prejudicadas, de acordo com a prefeita. Apenas no mês passado, o acumulado de chuva foi de 762 milímetros na localidade de Linha José Júlio, onde ficava a ponte, local em que funciona uma estação de monitoramento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
“Nós não conseguimos ainda realizar a sondagem, que é necessária para a elaboração do projeto mais específico, porque o rio ainda não chegou num nível que dê a possibilidade para os técnicos realizarem esse estudo”, explica.
Além das obras na ponte e em acessos rodoviários, o município teve casas destruídas pela enchente. Um projeto do governo do estado vai reconstruir as moradias de 24 famílias afetadas em Santa Tereza. Outra iniciativa do município, conforme Gisele Caumo, é mapear áreas alagáveis para desapropriar terrenos e realocar famílias que desejam sair de locais de risco.
Santa Tereza não registrou mortes em razão dos temporais, de acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
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