26 de dezembro de 2024

Famosos vibram com vídeo da escritora Adélia Prado, vencedora de dois prêmios em menos de uma semana

A escritora mineira foi a vencedora dos prêmios Camões e Machado de Assis. Adélia tem 88 anos e vive em Divinópolis, no Centro-Oeste de MG. Em vídeo, Adélia Prado, vencedora dos prêmios Camões e Machado de Assis faz agradecimento
Personalidades e artistas diversos comemoraram as premiações da escritora Adélia Prado, ao comentarem no vídeo onde ela aparece agradecendo os prêmios Camões de Portugal e Machado de Assis 2024, da Academia Brasileira de Letras.
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O vídeo postado pela escritora no Instagram já soma mais de 20 mil curtidas e comentários de fãs da obra da poeta.
Entre as personalidades ilustres que deixaram um pouco de carinho na postagem estão o padre Fábio de Melo:
“Viva Adélia! Viva a literatura Brasileira ♥️”.
A atriz, compositora e cantora Zélia Duncan também passou pelo post e se manifestou:
“Nossa poeta amada. Tudo bom. Tão merecido. Boa emociona tb! ♥️.
A atriz Maria Fernanda Cândido escreveu:
“Viva você! Adélia querida e amada por todos nós! ♥️👏🏻♥️👏🏻♥️👏🏻! Parabéns!!!!
Em continuidade aos agradecimentos, a poeta postou outro vídeo onde ela faz a leitura do poema “Fluência”. Veja abaixo.
Adélia Prado declama poema em agradecimento aos prêmios
Agradecimento
No primeiro vídeo de agradecimento, Adélia Prado disse:
“Que sejam inundados pelo amor que vocês me transmitem” , disse Adélia Prado em vídeo publicado nas redes sociais.
Quem é Adélia
Nascida em 13 de dezembro de 1935, em Divinópolis, no interior de Minas Gerais, a poeta, professora, romancista Adélia Prado é licenciada em filosofia.
Publicou os seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte. A estreia individual só aconteceu em 1975, quando remeteu para Carlos Drummond de Andrade os originais de seus novos poemas. Impressionado com a escrita de Adélia Prado, Drummond enviou os poemas para a Editora Imago.
Ela foi a primeira mulher premiada na categoria Conjunto da Obra, pela contribuição à literatura brasileira, no concurso Literatura do Governo de Minas, em 2017.
Adélia já foi indicada para a Academia Brasileira de Letras. Em 2001, um grupo de atores e jornalistas do Rio de Janeiro formaram um movimento para lançar o nome dela para ser uma das imortais na vaga deixada por Jorge Amado. Mas, na ocasião, a viúva do escritor baiano Zélia Gattai acabou sendo eleita.
Ao anunciar Adélia Prado como vencedora do Prêmio Camões, o júri destacou:
“Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo…”, Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.
Escritora Adélia Prado vence o prêmio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa
Novo livro
No fim de 2023, foi revelado que Adélia Prado vai lançar no segundo semestre de 2024 um novo livro, com o título provisório “Jardim das Oliveiras”. A mineira de Divinópolis afirmou que a obra dialoga com a dor e a angústia que viveu nos 10 anos em que passou sem escrever. A última publicação foi “Miserere”, lançada em 2013.
A inspiração para “Jardim das Oliveiras” veio de poemas encontrados em gavetas, escritos ainda na juventude.
“Fui resgatada pela própria poesia; encontrei, em gavetas, poemas escritos na tenra juventude e, para minha surpresa, eles estavam em sintonia com minha experiência atual e desencadearam a ideia desse livro”, disse a escritora no ano passado.
Clássicos de Adélia Prado
Em 1976, publicou “Bagagem”. Já em 1978 foi a vez de “O coração disparado”, agraciado com o Prêmio Jabuti. A estreia em prosa se deu no ano seguinte, com o livro “Solte os cachorros”. Em seguida, publicou “Cacos para um Vitral”.
Em 1981, lançou “Terra de Santa Cruz” e, em 1984, “Os componentes da banda”. Em 1991 foi publicada sua “Poesia reunida”.
Em 1994, após anos de silêncio poético, ressurgiu com o livro “O homem da mão seca”. Em 1999, foram lançados “Manuscritos de Felipa”, “Oráculos de maio” e sua “Prosa reunida”.
Outros prêmios de Adélia Prado
Jabuti de Literatura (1978)
ABL de Literatura Infantojuvenil (2007)
Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010)
Associação Paulista dos Críticos de Arte (2010)
Clarice Lispector (2016)
Literatura do Governo de Minas Gerais (2017)
Associação de Artistas e Designers de Artes Aplicadas da Sérvia (2018)
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