Lucca Gabriel, de 10 anos, foi presenteado após devolver um celular que encontrou na rua. Josemarie Siqueira, mãe do menino, conta como é a educação em casa e ressalta a importância de atitudes como a dele. Policiais, Lucca e a mãe dele, Josemarie.
Polícia Militar/Divulgação
“Minha vida ficou muito louca”, disse o estudante Lucca Gabriel, de 10 anos, que procurou a Polícia Militar (PM) depois de encontrar um celular no ponto de ônibus, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Depois da atitude, o menino foi presenteado pelos policiais e por um padre da cidade com um celular, uma cesta de doces e uma medalha.
“Eu nunca imaginei que isso fosse acontecer, fiquei muito feliz”, disse o estudante após a repercussão do caso.
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Lucca Gabriel em frente à viatura dos policiais que o homenagearam na escola
Polícia Militar/Divulgação
De acordo com a PM, a ação de Lucca foi registrada e divulgada nas redes sociais e gerou grande repercussão e interesse da população de Patos de Minas em reconhecer a atitude da criança, ocorrida há uma semana.
“Quando ele encontrou o celular, ele nem me ligou, foi até um carro da PM que estava perto do ponto de ônibus que ele costuma pegar a condução para voltar para casa e encontrou a sargento Lorraine. Nesse momento, ela ficou tão empolgada com a atitude dele que pediu para filmar e foi assim que surgiu o vídeo que repercutiu”, contou Josemarie Siqueira, mãe do pequeno Lucca Gabriel.
Na terça-feira (12), os militares do 15º Batalhão de Polícia Militar visitaram a escola em que Lucca estuda e, durante uma cerimônia promovida pela instituição, a atitude foi homenageada como um exemplo de cidadania e responsabilidade do aluno, diante da comunidade escolar e da mãe de Lucca Gabriel.
Na cerimônia, o menino recebeu uma medalha simbolizando o mérito pela honestidade, além de um telefone celular novo, que foi doado pela Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Vazante. Também foram oferecidos uma cesta de guloseimas e uma caneca personalizada para ele.
O exemplo de Lucca Gabriel também foi mostrado no Encontro com Patrícia Poeta.
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Educação em casa
Jose, como gosta de ser chamada, é mãe solo. Além de Lucca, ela tem mais dois filhos e conta que o menino é a ‘rapinha do tacho’ e seu companheiro. A mãe ressalta que a criação em casa é como em qualquer outra, sempre orienta o filho que não deve ficar com o que não é dele e que a polícia deve ser acionada para casos como o que aconteceu.
“Eu fiquei muito feliz em saber que os esforços em casa estão surtindo efeito. Histórias como a do Lucca são importantes porque sabemos do estigma que as pessoas negras tem em sociedade”, disse.
Nas redes sociais, muitas pessoas elogiaram a criação do menino. Contudo, a mãe afirma que faz o básico e que a surpresa das pessoas acontece porque muitas famílias tem o costume de transferir responsabilidades para a escola e outras instituições, se esquecendo que a educação começa em casa.
“Uma vez uma mãe me perguntou como eu fazia para o Lucca almoçar sem usar o celular. Eu até me surpreendi, ele nunca teve celular e mesmo que tivesse é importante ter horário para as coisas. Quando é preciso eu também falo grosso, não sou de passar a mão na cabeça”, contou a mãe.
Para o futuro, Lucca afirma não saber ao certo o que espera mas diz que tem gostado da repercussão e convida a todos para o acompanharem nas redes sociais.
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