9 de janeiro de 2025

Casal é preso por suspeita de espalhar boato sobre abuso infantil e incentivar morte de homem inocente

Crime ocorreu no dia 4 de janeiro de 2021, em Belo Horizonte. Polícia Civil diz que os pais inventaram que o filho foi abusado para não pagar dívida com o cuidador da criança. Coletiva da Polícia Civil de Minas Gerais nesta quinta-feira (14)
Divulgação/PCMG
A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (14), um casal suspeito de incentivar a morte de um homem que foi falsamente acusado de cometer um abuso infantil. A mulher, de 26 anos, e o companheiro, de 24, foram encontrados no bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
O crime ocorreu no dia 4 de janeiro de 2021, na Vila do Índio, na Região de Venda Nova. De acordo com a instituição, a vítima foi surpreendida na casa de um vizinho por três traficantes, arrastada para fora do imóvel e assassinada no meio da rua, com cerca de 20 tiros na parte superior do corpo.
As investigações revelaram que o homem, de 38 anos, cuidava da criança de 4 anos do casal. Os pais afirmaram que o filho teria passado a se queixar de um possível abuso e começaram a espalhar boatos sobre o ocorrido na comunidade.
No entanto, os supostos relatos foram a maneira que eles encontraram para não pagar pelo serviço do cuidador, com quem tinham uma dívida de R$ 200. Os suspeitos ainda teriam instigado a morte dele, ao provocar criminosos do aglomerado.
Delegada Lígia Barbieri Mantovani, titular da 3ª DHPP de Venda Nova
Divulgação/PCMG
“Há indícios de que quem ventilou a notícia no aglomerado e reclamou aos traficantes locais sobre a suposta conduta da vítima, pedindo ‘providências’, teria sido os próprios pais da criança”, explicou a delegada Lígia Barbieri Mantovani, titular da 3ª Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Venda Nova.
Segundo a instituição, não houve comprovações de abuso ou maus-tratos. Com o avanço do inquérito, a Polícia Civil solicitou à Justiça os mandados de prisão temporária contra o casal.
Os dois foram encaminhados ao sistema prisional, e as investigações continuam para o total esclarecimento do caso. Ambos já tinham registro policial por tráfico de drogas.
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