25 de dezembro de 2024

Expogrande promove palestra sobre plasticultura no Auditório da Acrissul

O objetivo é mostrar a técnica de cultivo protegido como ferramenta durável e de qualidade para o produtor rural.

Com uma extensa programação envolvendo leilões, competições, shows, cursos e palestras, a 79ª Expogrande, juntamente com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e em parceria com a Tropical Estufas Agrícolas, apresentou no Auditório da Acrissul, nesta manhã de segunda-feira, palestra sobre cultivo na agricultura com a plasticultura.

Sendo uma técnica nova e moderna de cultivo sob ambiente protegido, a plasticultura é o uso do plástico na agricultura e agropecuária. É um plástico especial, polietileno de alta densidade, usado especialmente na horticultura e floricultura. No Brasil, o plástico mais usado é o difusor por ser mais resistente, conferir maior luminosidade, tornando mais eficiente o processo de fotossíntese e aumentando a produtividade, e menor temperatura interna.

Segundo Nelson Nardy, diretor comercial da Tropical Estufas, com experiência há mais de 30 anos na plasticultura e palestrante sobre o assunto, foram apresentados dados sobre a evolução da área: “Trouxemos um apanhado do que aconteceu com a plasticultura brasileira nesses últimos anos, as inovações, as melhorias no material. O Brasil hoje, produz um plástico com a mesma qualidade dos plásticos importados, e também suas estruturas, como fazer, instalar, avaliar posição de sol”, informou.

O objetivo é mostrar a plasticultura como ferramenta durável e de qualidade para o produtor rural. Com um investimento variável para cada cultura, de R$ 20,00 o metro quadrado podendo chegar a R$ 100,00, o custo/benefício tem de ser avaliado por cada produtor: o que plantar, o que colher, antecipação de colheita, tipo e qualidade de frutas e hortaliças: “Nosso objetivo é passar ao produtor, orientações para que ele possa pensar no que plantar, em que área, investindo de forma correta e não muito além do que precisa”, conclui Nelson.

A técnica de cultivo protegido é relativamente nova no país e, estados como Rio de Janeiro e São Paulo são os grandes pioneiros. Outros estados, como Mato Grosso do Sul, já começaram a utilizar essa forma de cultivo, mas ainda assim, a plasticultura não é amplamente utilizada. Para Nelson, como a técnica possui 100% de vantagem para o produtor, em breve o cenário será diferente: “Acredito que num futuro muito próximo, toda a horticultura de mesa será produzida sob plástico. A técnica exige baixo consumo de agrotóxico, produtos uniformes e antecipação de colheita. Não temos mais plantações de temporada, é possível produzir o que quiser, o ano todo em qualquer estado do Brasil”, informa. Além disso, para a mão-de-obra a transição de cultivo é relativamente fácil, e é possível pagar o custo de investimento em até 3 anos.

Além de todas as vantagens de cultivo, considera-se também a sustentabilidade. O polietileno de alta densidade é muito utilizado na reciclagem, há ainda economia do uso de água em até 90%, se comparado com o cultivo tradicional.

79ª Expogrande
A Expogrande acontece até o dia 09 de abril no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS), e conta com extensa agenda de leilões, competições e palestras técnicas, além de shows e oportunidades facilitadas de negócios.

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