Preocupação da APS é justamente a mitigação de danos e transtornos à população local Túnel que liga Santos a Guarujá será alternativa à travessia por balsa na Baixada Santista
Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna e Autoridade Portuária de Santos
A Autoridade Portuária de Santos (APS) enviou ofício à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), na tarde desta sexta-feira (26), pedindo a revisão da proposta sobre o traçado do túnel ligando Santos e Guarujá. O projeto pode resultar em 66 desapropriações residenciais.
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De acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS), o documento foi assinado pelo presidente da APS, Anderson Pomini, pelo diretor de Infraestrutura, Orlando Razões, pelo superintendente de Engenharia, Daniel Paes de Barros Tamburus e pelo superintendente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, Ricardo de Sousa.
O ofício, endereçado à diretora de Avaliação de Impacto Ambiental da Cetesb, Mayla Matsuzaki Fukushima, ressalta que, nesta nova proposta de traçado, não existiu a participação e anuência de todos os entes signatários do empreendimento, como previsto no Acordo de Cooperação Técnica. Por isso, a autoridade requer a reanálise destes estudos.
A APS pediu também que seja dada ciência deste ofício a todos os demais signatários do acordo, assinado em 16 de fevereiro deste ano, sendo eles: Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Segundo a APS, a preocupação da autoridade portuária é a mitigação de danos e transtornos à população local, bem como o menor custo efetivo ao projeto com desapropriações e indenizações, priorizando o uso de áreas públicas federais administradas pela autoridade portuária, e a melhor otimização do traçado, permitindo a inclusão do VLT na travessia do túnel.
Ainda de acordo com a APS, uma proposta alternativa, elaborada em 2023, buscou reduzir o impacto de desapropriação no lado de Santos e incluiu o VLT. Entretanto, ela não dispõe de direto às galerias do túnel imerso, sendo necessário o desembarque dos passageiros, utilização de prédio de acesso de pedestres e ciclistas para chegar à cota do túnel, entre outras providências.
O g1 entrou em contato com a Cetesb, mas ainda não recebeu um posicionamento do órgão sobre o assunto.
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