27 de dezembro de 2024

Crimes de estelionato crescem 24% no primeiro semestre no RJ

O RJ é o 4º no ranking de estados com mais estelionatos no Brasil, segundo o Instituto de Segurança Pública. Números crescem, também, no país. O número de crimes de estelionato no Estado do Rio de Janeiro cresceu 24% no 1º semestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ).
De janeiro a junho deste ano, foram 73.076 casos em todo o RJ. Já no primeiro semestre de 2023, foram 58.796 registros.
O “phishing”, golpe digital em que criminosos tentam obter informações pessoais e bancárias das vítimas por meio de links falsos, é um tipo de estelionato.
O analista de sistemas Cláudio França foi vítima do golpe e teve um prejuízo de mais de R$ 600. Ele conta que foi utilizar um site de buscas para ter acesso à 2ª via de uma conta de luz, mas clicou em um falso, semelhante ao da distribuidora de energia elétrica.
“Eu cliquei. No site, em vez de pedir senha, pediu número de instalação. Tive acesso, no site dos criminosos, a todos os meus dados. Quando eu finalizei a transação, que eu olhei no celular, apareceu a conta que estava diferente da original”, contou Cláudio.
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Daniel Ivanaskas/Arte g1
4º no ranking
O RJ é o 4º no ranking de estados com mais casos de estelionatos no país. Os dados são do Anuário da Segurança Pública, divulgado neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
No ano passado, foram registrados 120.218 casos no RJ, que fica atrás apenas de Minas Gerais (141.649), Paraná (145.205) e São Paulo (750.430). Em 5º lugar, está a Bahia (98.934).
O número de estelionatos no país também aumentou. Foram 1.965.353 casos em 2023; 8,2% a mais que o ano anterior. A média foi de 224 golpes por hora, mais de 3 por minuto, segundo o Anuário.
Estelionatos digitais
Já os casos de estelionatos digitais estão ficando cada vez mais comuns, principalmente depois da pandemia, quando as pessoas passaram a usar meios digitais pra transações financeiras do dia a dia.
De acordo com o Anuário da Segurança, foi registrado 1 caso a cada 2 minutos em 2023. Foram 235.393 ocorrências, 13,6% a mais que 2022.
“Houve uma migração para os golpes, já que a possibilidade de ‘ganho’ sem que o criminoso se exponha é maior. Outro aspecto é que, como não há possibilidade de estar presente em cada lugar, o criminoso pode montar um esquema com ‘robôs’ e atingir várias vítimas ao mesmo tempo”, comentou Rafael Alcadipani, porta-voz do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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