Dados são do Ministério do Trabalho. Nos seis primeiros meses do ano, país criou 1,3 milhão de vagas com carteira assinada, aumento de 26,2% em relação ao mesmo período em 2023. O Brasil gerou 201.705 empregos formais em junho deste ano, informou nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em junho:
2,07 milhões de contratações;
1,86 milhões de demissões.
O resultado representa crescimento de 29,6% em relação a junho do ano passado, quando foram criados cerca de 155,69 mil empregos com carteira assinada.
Veja os resultados para os meses de junho:
2020: 53,4 mil vagas fechadas
2021: 318 mil empregos criados
2022: 285,2 mil vagas abertas
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia.
Parcial do ano
De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,3 milhão empregos formais foram criados no país nos seis primeiros meses deste ano.
O número representa alta de 26,2% na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram criadas 1,03 milhão de vagas com carteira assinada.
Esse foi o melhor resultado para os seis primeiros meses de um ano desde 2022 — quando foram criadas 1,39 milhão de vagas formais de emprego.
Ao fim de junho de 2024, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 46,8 milhões de empregos com carteira assinada.
O resultado representa aumento na comparação com maio deste ano (46,6 milhões) e com junho de 2023 (45,08 milhões).
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estimou que serão criados cerca de dois milhões de empregos com carteira assinada até o fim do ano.
“Não há razão para não retomarem a queda dos juros (…) que ajuda crédito e investimentos, que pressupõe gerar empregos. A gente não sabe a decisão que irão tomar, não temos uma bola de cristal”, afirmou o ministro, citando a reunião do Copom do Banco Central, que se reúne nesta semana para definir o patamar da taxa de juros.
Setores
Os números do Caged de junho de 2024 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços.
Regiões do país
Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado.
Os dados do Ministério do Trabalho mostram que o estado do Rio Grande do Sul, que passou por fortes enchentes entre abril e maio, foi o único a registrar mais demissões que contratações em junho. No mês passado, os postos de trabalho fechados naquele estado somaram 8,56 mil postos, número abaixo do registrado em maio, de 22 mil demissões.
“Nossa expectativa, a partir dos projetos gerando empregos na área da construção civil, é que o estado comece a se recuperar e a gente entre o ano que vem com números positivos. O Rio Grande do Sul tem uma economia forte e pujante e vai reagir, está reagindo”, declarou o ministro Luiz Marinho.
Assolado por enchentes entre abril e maio, o Rio Grande do Sul foi o único estado com mais demissões do que contratações em junho.
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Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.132,82 em junho deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a maio de 2024 (R$ 2.137,97).
Na comparação com junho de 2023, houve crescimento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.089,54.
Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o trimestre terminado em maio com taxa de desemprego em 7,1%. Trata-se do melhor resultado para um trimestre encerrado em maio desde 2014.