29 de dezembro de 2024

Datena no g1: ‘É impossível tirar todos’ os moradores de rua; ‘a meta é empregar e dar trabalho’

Apresentador participou nesta terça-feira (6) da série de entrevistas que o g1 realiza com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, com condução de Natuza Nery. José Luiz Datena (PSDB) responde a pergunta sobre pessoas em situação de rua
O apresentador José Luiz Datena, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, afirmou em entrevista ao g1, na tarde desta terça-feira (6), que não sabe o número total de moradores de rua que a capital paulista tem, e que, caso seja eleito, vai “fazer o possível” para contratar o maior número possível. Apesar disso, disse ser impossível retirar todos os moradores
Datena foi o segundo entrevistado na série do g1 com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. As entrevistas são realizadas ao vivo, às 13h30, com transmissão no site, YouTube e TikTok.
“A meta para a população em situação de rua é empregar e dar trabalho… Hoje, sinceramente, não sei o total de moradores de rua. Eu vejo muita gente. Faz 26 anos que vejo muita gente desempregada. Depois da pandemia, famílias inteiras perderam os seus trabalhos…”, declarou.
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Questionada pela jornalista Natuza Nery, do podcast O Assunto, se tem uma meta de redução dos moradores de rua, Datena afirmou que os técnicos que trabalham no plano de governo dele estão trabalhando nisso.
“Os técnicos que estão fazendo o meu planejamento estão mergulhados nesses números. Também não posso responder pra você aqui, em segundos, quantas pessoas são. Mas morador de rua a gente vai tentar reduzir o possível. É impossível tirar todos das ruas. O que não se pode ver são pessoas esfarrapadas, pedindo pelo amor de Deus pra morrer, atravessando as marginais pra morrerem atropeladas. Pra acabar de vez com a vida miserável que eles têm. Isso eu pretendo reduzir. A questão de números, os técnicos estão mergulhados nisso para fazer um programa que a gente possa tornar exequível, inclusive, a contratação dessas pessoas”, disse.
Meio Ambiente
Na entrevista, Datena também falou sobre os problemas que o calor extremo e as mudanças climáticas podem causar na cidade no futuro – como enchentes e calor intenso.
“Em primeiro lugar, você precisa resolver o problema de galerias que têm centenas de anos, são da época do império, essas galerias terão que ser refeitas, principalmente na região no centro da cidade. Você tem que evitar que, de repente, em áreas de várzea, onde os rios depositam a sua água, como jardim pantanal, jardim pantanal de repente tem enchente sem ter chuva, por quê? Porque ali é área de várzea e foi ocupada indiscriminadamente por gente que vendeu terreno a preço de banana em um lugar que é inabitável. Ali tem que ser o lugar em que o rio vai entrar no lençol freático e aliviar as enchentes”, afirmou.
“São Paulo é uma cidade que dificilmente você tem solução pra esse tipo de problema porque ela é uma cidade em que você tem asfalto pra caramba. Como ela cresceu sem plano diretor, São Paulo não tem plano diretor, se você pegar São Paulo, é uma bagunça por causa de especulação imobiliária, muita gente que ganhou com isso. Zona Leste, por exemplo, é impermeabilizada pra caramba, é uma cidade que tem asfalto pra caramba. O que que eu vou fazer? Tirar asfalto do local que tem? Acho que as alternativas que o mundo tá pensando têm que ser estudadas por gente técnica e que consiga resolver isso”, disse.
E emendou: “Eu não posso resolver aqui, responder pra você, como é que eu vou tornar São Paulo mais fresquinha porque além de poluída, ela propicia inversão térmica e ela é asfaltada em lugares irregulares porque muita gente roubou, vendendo terreno onde não podia e urbanizou locais que não deveriam ser urbanizados”.

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