Grupo teria ‘aliciado’ ex-advogado da instituição para entrar com ações na Justiça cobrando milhões de reais em honorários advocatícios. Ações tinham cálculos e trâmites irregulares, diz PF. PF realiza operação contra organização criminosa no Tribunal de Justiça do Maranhão
O suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão, investigado pela Polícia Federal na operação 18 Minutos, envolvia fraudes em processos relacionados ao Banco do Nordeste.
A informação é de investigadores que acompanham a operação deflagrada nesta quarta-feira (14) – são 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.
São investigados desembargadores, juízes e advogados, além de outros possíveis envolvidos nos crimes.
Segundo membros da PF, as investigações apontaram uma série de fraudes processuais nesses casos relacionados ao Banco do Nordeste, incluindo:
manipulação na distribuição da relatoria dos processos;
correções monetárias feitas sem justificativa;
aceleração “seletiva” dos processos;
expedição de “alvarás milionários”.
Essas medidas levaram a movimentações atípicas tanto nos processos judiciais quanto nas contas bancárias dos investigados, o que chamou a atenção dos órgãos de fiscalização.
Ainda de acordo com os investigadores, o suposto grupo criminoso teria aliciado um ex-advogado do próprio Banco do Nordeste para entrar com ações judiciais contra a instituição, requerendo o pagamento de milhões de reais em honorários advocatícios.