Wanderson Pereira Menezes era natural de Natividade e morava em Porto Nacional havia mais de 10 anos. O corpo dele foi encontrado às margens da rodovia TO-080. Wanderson Pereira de Menezes estava desaparecido desde o dia 12 agosto
Reprodução/Redes Sociais
O assassinato do cabeleireiro Wanderson Pereira Menezes, de 34 anos, abalou toda a família e amigos da vítima. Natural de Natividade, na região sudeste do Tocantins, ele se mudou para Porto Nacional, onde se profissionalizou e abriu um negócio. De acordo com um dos irmãos, ele era um jovem honesto, humilde, trabalhador e sonhador.
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Wanderson foi atraído para uma emboscada na noite de segunda-feira (12). A família registrou boletim de ocorrência informando o desaparecimento.
O corpo foi encontrado por volta das 5h de quarta-feira (14), às margens da Rodovia TO-080. Dois adolescentes foram apreendidos e um jovem de 18 anos foi preso. O crime está sendo investigado como latrocínio, e um quarto suspeito ainda é procurado.
O empresário Ernanny Pereira de Menezes contou ao g1 que irmão deixou Natividade há mais de dez anos para ir atrás do sonho de ser cabeleireiro.
“Deixou sua cidade natal com um secador, uma escova e um sonho de se tornar um profissional renomado e mudar a vida de toda a sua família”, comentou, ressaltando que Wanderson conseguiu ser reconhecido na área e premiado a nível nacional.
Segundo filho de quatro irmãos, Ernanny falou que a relação entre eles era de muita amizade. “Sempre um ajudando o outro. Era uma pessoa acolhedora, cativante e muito alegre”.
Ernanny contou também que o irmão era solteiro e sempre morou sozinho. Mas há dez dias, uma irmã deles havia se mudado para Porto Nacional para morar com Wanderson.
O cabeleireiro foi velado em Natividade e o enterro está marcado para as 8h desta quinta-feira (15). Após ser liberado do Núcleo de Medicina Legal de Porto, o carro com o corpo da vítima passou em frente ao salão de beleza dele, na tarde de quarta-feira. Uma multidão com amigos e clientes o aguardava para se despedirem.
Veículo com corpo de Wanderson Menezes passou em frente ao salão
Kaliton Mota/TV Anhanguera
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O crime
O irmão contou que Wanderson saiu de casa por volta das 8h de segunda-feira (14) e não foi mais visto. Logo a família registrou boletim de ocorrência e a investigação começou.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima foi atraída para um falso encontro. A intenção, conforme a investigação, era roubar bens do cabeleireiro, mas os envolvidos o mataram com golpes de faca e um tiro na cabeça.
O celular dele foi descartado em uma região de mata e os suspeitos chegaram a fazer compras com o cartão de crédito do cabeleireiro.
O carro só foi encontrado, conforme a Polícia Militar (PM), quando um policial à paisana viu um carro com características semelhantes ao de Wanderson entrando em um loteamento deserto, próximo a um frigorífico, e sendo seguido por uma motocicleta, em Paraíso do Tocantins.
Carro do cabeleireiro Wanderson Menezes foi encontrado na zona rural de Paraíso do Tocantins
Reprodução
O militar seguiu os veículos e ao abordá-los, os suspeitos levaram as mãos à cintura, aparentando pegar algum objeto e, em reação, o militar atirou contra eles. Dois suspeitos conseguiram fugir após abandonarem o carro.
A Polícia Científica esteve no local e foi confirmado que o veículo era de Wanderson. Dentro havia um galão de cinco litros de gasolina. Segundo a polícia, os suspeitos tinham interesse em vender o carro, mas como o caso tomou repercussão, resolveram incendiá-lo.
A Força Tática e a Polícia Rodoviária Federal conseguiram localizar dois adolescentes, de 14 e 15 anos, na TO-255. Eles dois confirmaram às equipes a participação na morte e ocultação do corpo de Wanderson e o que pretendiam fazer com o veículo da vítima.
Um jovem de 18 anos também foi preso suspeito de envolvimento no latrocínio. A investigação descobriu que ele segurou a vítima para que os adolescentes o esfaqueassem. Um quarto suspeito, que está sendo procurado pela Polícia Civil, seria o responsável por atirar na cabeça de Wanderson. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
O caso segue sendo investigado pela 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional).
Corpo de cabeleireiro assassinado é velado; quatro são suspeitos de latrocínio
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