19 de novembro de 2024

Ibovespa encosta na máxima histórica, com espera por queda de juros nos EUA; dólar cai a R$ 5,45

No dia anterior, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,69%, aos 133.317 pontos. A moeda norte-americana subiu 0,35%, cotada em R$ 5,4687. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo.
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, opera em nova alta nesta quinta-feira (15), depois de alcançar o maior patamar do ano na véspera. Investidores estão animados com a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve começar a cortar suas taxas de juros no próximo mês.
Ontem, dados de inflação dos EUA mostraram que o acumulado anual segue acima do esperado, próximo dos 3%, mas que os preços voltaram a apresentar um comportamento mais positivo.
A meta de inflação no país é de 2%, mas uma desaceleração consistente ajuda o BC americano a ter mais tranquilidade para iniciar a redução dos juros em setembro. (veja mais abaixo)
Em ambiente positivo, os mercados globais vivem um pregão de altas generalizadas, influenciadas pela projeção de juros mais baixos na maior economia do mundo. Asssim como as bolsas, o dólar tem dia favorável e opera em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 11h05, o dólar caía 0,08%, cotado a R$ 5,4642. Veja mais cotações.
No dia anterior, a amoeda americana teve alta de 0,35%, cotada em R$ 5,4687.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,83% na semana;
recuo de 3,28% no mês;
alta de 12,70% no ano.

Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa operava em alta de 0,44%, aos 133.898 pontos.
Na véspera, o índice teve alta de 0,69%, aos 133.317 pontos, se aproximando da máxima histórica alcançada em dezembro do ano passado, quando atingiu os 134.194 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 2,07% na semana;
avanço de 4,44% no mês;
perdas de 0,65% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Nesta quarta-feira (14), o Ibovespa foi beneficiado pelos dados de inflação nos Estados Unidos reforçando uma aposta de corte dos juros pelo Fed em setembro, enquanto uma bateria de resultados também ocupou as atenções.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em julho, acumulando uma alta de 2,9% em 12 meses e em linha com as expectativas de mercado.
Excluindo os componentes voláteis da inflação — alimentos e energia –, o CPI subiu 0,2% em julho e 3,2% em 12 meses, no menor aumento anual desde abril de 2021.
O resultado continua mantendo a inflação americana acima da meta do Fed, de 2% no acumulado anual. Desse modo, o cenário abre espaço para que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) inicie um processo de afrouxamento monetário na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro.
Essa já é a aposta do mercado financeiro há algum tempo, inclusive.
Segundo a ferramenta FedWatch, do CME, que mede as projeções de participantes do mercado financeiro sobre as taxas de juros americanas, 100% do mercado espera um corte nas taxas no próximo mês.
Os especialistas e investidores só se dividem em relação a qual será o tamanho do corte: 60,5% esperam uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), enquanto 39,5% esperam um corte de 0,50 p.p..Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.
A expectativa por juros menores anima os mercados globais porque, quanto menores as taxas, menores são as rentabilidades oferecidas pelos títulos públicos americanos (considerados os mais seguros do mundo), e maior a migração de investimentos para outros ativos com maior risco.
Nesse sentido, ao passo em que o dólar se desvaloriza em nível global, os mercados de ações de vários países vivem pregões de alta. Na Europa, a maioria dos principais índices acionários sobem, enquanto na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia também foi de valorização das bolsas.
Ontem, já Eob a influência da expectativa de queda de juros, em Nova York, o S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 0,38%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA recuava a 3,839% no final da tarde.
No Brasil, o Ibovespa também avançou, se aproximando de suas máximas históricas. O recorde de fechamento do índice brasileiro foi registrado em 27 de dezembro do ano passado, quando terminou o dia aos 134.193,72 pontos. No dia seguinte, chegou à máxima histórica intradia de 134.391,67 pontos.

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