Prática nada mais é do que lamber ou beijar o ânus do parceiro ou da parceira durante o sexo.
Marcos Serra Lima/G1
Uma fala de Pedro Scooby sobre prazer anal viralizou nas redes sociais nesta terça (15). Em entrevista ao videocast da apresentadora Giovanna Ewbank, o surfista confessou que gostava de receber ‘beijo grego’, ou do ato de receber sexo oral na região anal.
Para a sexóloga Fernanda Purificação, a polêmica em torno da declaração de Scooby está associada a ideia de virilidade masculina.
“Homens são envoltos por diversas camadas sociais, e a mais problemática é a da masculinidade essa que não pode ser rompida de forma alguma e isso é atrelado muito a virilidade”, explica. Segundo ela, a ideia de que o beijo grego comprometa a noção de masculinidade também é reproduzida entre a maioria das mulheres.
“Infelizmente, muitas mulheres ainda se colocam em posição de repreender o parceiro, e ou julga lo por tal ato.”
Abaixo, veja cinco pontos sobre beijo grego:
O que é?
Onde surgiu?
Quem faz?
Quais os cuidados?
Por que ele é prazeroso?
1. O que é o beijo grego?
O beijo grego é o ato de usar a boca ou a língua para acariciar o ânus do parceiro/parceira durante o sexo. “Ele nada mais é que o sexo oral na região anal”, explica Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga da Unifesp.
Algumas pessoas usam o beijo grego para lubrificar a região anal, mas isso não é recomendado. “Lubrificar a região com saliva não é recomendado. Já existem lubrificantes especiais para a região anal. O beijo grego é uma prática para poder estimular essa região”, diz a psicoterapeuta Carla Cecarello.
2. Onde ele surgiu?
Como o próprio nome já diz, ele surgiu na Grécia Antiga. Durante as orgias, os homens faziam o beijo grego para ajudar na lubrificação da região anal.
“Como o ânus não tem lubrificação própria, eles usavam a saliva como lubrificante. Hoje em dia, o ato é universal e muito utilizado entre homens e mulheres também”, explica a psicoterapeuta.
3. Quem faz?
Homens e mulheres podem fazer o beijo grego. O ânus é uma zona erógena com terminações e proporciona o orgasmo para todos.
“Tanto homens quanto mulheres podem fazer o beijo grego desde que gostem, se sintam tranquilos para fazer isso. Tem muita gente que tem nojo de lamber a região anal, já que por ali saem as fezes. Tem gente que fica mais reticente”, diz Carla.
4. Quais os cuidados?
Ambrogini explica que a região anal pode transmitir doenças, parasitoses e gastroenterites. “Caso a parceria saiba de alguma destas doenças, não é recomendado. É interessante também que a pessoa tome um banho antes da relação para limpar qualquer vestígio de fezes”, alerta.
Cecarello lembra que o ânus é a região por onde saem as fezes, material repleto de bactérias e que não deve ser levado à boca.
“Precisa limpar muito bem e o ideal seria colocar o preservativo de língua para acariciar a região, mas sabemos que muita gente não gosta. Esses protetores ajudam bastante a não levar saliva para o ânus e também não trazer restos de fezes para a boca. Esses seriam os cuidados ideais”, diz a psicoterapeuta.
5. Por que ele é prazeroso?
A região anal é uma importante zona erógena, que possui muitas terminações nervosas. “É uma região que é irrigada pelo sangue e que fica muito sensível quando as pessoas estão excitadas”, explica a psicoterapeuta.
“Se a pessoa já está excitada e recebe o beijo grego, o nível de excitação é ainda maior. Isso provoca ereções mais rígidas, uma lubrificação maior da vagina”, completa.
Ambrogini lembra que, para muitas pessoas, essa região também é “proibida”, o que torna tudo mais excitante.
“O bom é não ter preconceitos para explorar o corpo todo e potencializar as sensações que ele pode trazer, independente da região e desde que haja consentimento”, diz a sexóloga.
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