Percentual de não votantes nas eleições de 2020 aumentou 43% em relação a 2016. Professor de Ciências Políticas da UFJF, Paulo Roberto Figueira Leal, fala sobre a necessidade de mudanças para número não ser maior no pleito de outubro. Urna eletrônica
Reprodução
No dia 6 de outubro, 390.203 eleitores são esperados nas zonas eleitorais em Juiz de Fora para decidirem quem irá chefiar o Poder Executivo a partir de 2025. No entanto, o percentual de abstenção no primeiro turno das eleições passadas aumentou 43%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Para entender o que pode influenciar no número de abstenções, o g1 conversou com o professor de Ciência Política da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Paulo Roberto Figueira Leal, que explicou que a descrença no sistema eleitoral e político, o nível de atualização do cadastro de eleitores e o grau de mobilização que um pleito específico gera no eleitorado são alguns fatores que influenciam nos números.
No pleito de 2020, o professor ressalta, ainda, os efeitos da pandemia de Covid-19, já que “muitos eleitores podem ter tido dificuldade de deslocamento e temores quanto à segurança”.
“Uma melhoria nos indicadores de confiança da sociedade no sistema político impactaria positivamente no comparecimento às urnas. Aumentar a capacidade de escuta das demandas da sociedade e entrega de políticas públicas mais eficientes são o modo pelo qual esta confiança pode crescer,”, afirmou
Para o professor, é provável que o número de ausentes em 2024 seja menor do que foi em 2020, mas alerta para a necessidade de adotar medidas regulares de atualização de cadastro e políticas de incentivo, com campanhas de conscientização sobre a relevância do voto.
Número de abstenções aumentou em eleições passadas
Em 2016, por exemplo, dos 395.425 eleitores aptos, 79.234 deixaram de votar. Já no último pleito municipal, em 2020, 113.993 dos 410.339 eleitores aptos não foram às urnas.
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O recorte por faixa etária mostra, ainda, que os eleitores de 21 a 24 anos e aqueles de 30 a 34 anos foram os mais faltantes nas eleições anteriores.
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