O evento propõe um programa formativo em torno da temática da fotografia a partir da realização de uma mesa redonda com artistas, fotógrafos e pesquisadores da área. Com o tema “Maramazônia: Imaginários da Amazônia Maranhense”, o evento do núcleo busca ampliar os olhares sobre a região
Divulgação/Kaylan Mendes
O Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem (Nuppi), vinculado à Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e ao Instituto Federal do Maranhão (IFMA), comemorará o Dia Mundial da Fotografia em um evento realizado nesta sexta-feira (16), a partir das 17h, no Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM), em São Luís.
Com o tema “Maramazônia: Imaginários da Amazônia Maranhense”, o evento busca ampliar os olhares sobre a região, bem como estimular a percepção sensível e a reflexão em torno das imagens, como forma de aprofundar o conhecimento sobre as expressões artísticas e a vivência coletiva nos territórios da Amazônia Legal.
O evento propõe um programa formativo em torno da temática da fotografia a partir da realização de uma mesa redonda com artistas, fotógrafos e pesquisadores da área, além de uma oficina e uma sessão de fotoprojeções, selecionadas a partir da convocatória “Compartilhantes Amazônidas”.
LEIA MAIS:
Amazônia Legal maranhense perdeu mais de 245 km² só em 2022
Maranhão enfrenta desafios para a preservação de floresta amazônica
Dia da Amazônia: O desafio de preservar o pouco que ainda resta da floresta no Maranhão
O objetivo é, através da fotografia e da multiplicidade de perspectivas, destacar a diversidade cultural e natural da Amazônia. No Maranhão, apesar de um número considerável de municípios estarem inseridos na Amazônia Legal (70% do território de acordo com o IBGE), ainda existe apagamento. Um exemplo disso foi a tentativa, em 2008, de retirar o Maranhão da área de preservação da Amazônia Legal, o que evidencia uma alienação do sentimento de pertencimento e a desvalorização do bioma no estado.
Diante disso, a iniciativa busca enfatizar o potencial da fotografia para visibilizar as características amazônicas do Maranhão e dos demais estados amazônidas. Assim, o evento busca trazer imagens que vão além dos clichês que retratam a Amazônia apenas como um “território virgem”, promovendo também uma celebração dos diversos modos de vida e contextos culturais de quem faz parte da região.
Veja a programação completa
Mesa redonda
A mesa será composta por Genilson Guajajara, Camila Fialho e Pablo Monteiro
Divulgação
A mesa redonda será realizada de forma presencial, no CCVM, nesta sexta (16), a partir das 17h. Haverá certificação de horas para os ouvintes que estiverem no local. Com o tema “Maramazônia – Imaginários da Amazônia Maranhense”, reunirá fotógrafos, artistas visuais e pesquisadores com o objetivo de compartilhar experiências sobre produzir imagens em meio aos diferentes contextos da região. A mesa será composta por Camila Fialho, Pablo Monteiro e Genilson Guajajara.
Genilson Guajajara: do povo Guajajara, é originário da aldeia Piçarra Preta, no território indígena do Rio Pindaré, Maranhão. Como contador de histórias atencioso e emotivo, ele utiliza a fotografia para expressar as vivências de sua comunidade. Seu trabalho aborda temas como a comunidade, sabedoria ancestral, cosmologia indígena, rituais e cerimônias. A resistência de Genilson está profundamente ligada aos territórios e biomas vitais que sua comunidade se esforça para proteger.
Pablo Monteiro: formado em História, com especialização em História Oral. Suas pesquisas e trabalhos documentais utilizam imagem e som para registrar práticas do universo afro-brasileiro, destacando-se em religiosidade e festividades. Atua na produtora Bicho d’Água Filmes, criando e intermediando conteúdos audiovisuais com abordagens periféricas, priorizando narrativas negras. Diretor de filmes como “Quem Passou Primeiro Foi São Benedito” (2017) e “Princesa do Meu Lugar” (2020), seus trabalhos fotográficos expressam a diversidade da cultura popular maranhense em um amplo inventário de suas práticas, sujeitos e rituais.
Camila Fialho: nascida em Porto Alegre, RS, em 1980, e radicada em Belém desde 2014. Camila é artista, curadora e tecedora de processos artísticos, atualmente doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA. Colaboradora da Fotoativa desde 2014 e ex-presidente da associação. Atualmente coordena o programa Fotoativa em Residência. Suas pesquisas exploram poéticas do deslocamento, paisagem, corpo e espaço, com foco em práticas colaborativas e na publicação como suporte para criação.
Inscrições
Para participar como ouvinte da mesa redonda é preciso se inscrever por meio da plataforma Doity, disponível no site do evento.
Clique aqui e se inscreva para obter certificação