Sônia estava em área alagada em Canoas. Cadela foi adotada por família de Criciúma, no Sul de SC. Cachorra resgatada durante enchentes no RS é adotada em SC
Uma cachorra que ficou presa no telhado durantes as enchentes no Rio Grande do Sul foi resgatada e adotada por uma família de Criciúma, Sul de Santa Catarina. Agora, a cadela Sônia é “auluna” da creche para cães de Içara, na mesma região, que foi mostrada no Globo Repórter de sexta-feira (16).
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A cachorra foi encontrada por um grupo de protetores de animais no telhado de uma casa em Canoas, no Rio Grande do Sul.
“Estávamos andando pelo [bairro] Mathias Velho para resgatar os cães do telhado e vimos a vozinha lá em cima. Foi bem difícil. Levamos um tempão, ela foi megarresistente, andou para lá e para cá, até um dos nossos voluntários conseguir pular para mais próximo dela e agarrar”, contou a protetora Paola Saldivia.
Após resgate, cachorra Sônia foi morar com uma família de Criciúma, SC
Thais Kelm/Arquivo pessoal
Quem também ajudou a cuidar dos animais no Rio Grande do Sul foi André Bressan, responsável pela creche de cães de Içara. “A gente acabou conhecendo-a [Paola] porque quando a gente foi ajudar lá no Rio Grande do Sul, a gente foi ajudar alguns abrigos”, relatou.
A tutora de Sônia, Thais Kelm, já tinha dois cachorros na creche de Içara e, portanto, conhecia o dono do estabelecimento.
“Quando o André foi para lá [Rio Grande do Sul] para trazer alguns cães para adoção, eu conversei com ele e falei que ele poderia trazer o cãozinho que tocasse o coração dele. Que não importava se era macho, fêmea, idoso, não tinha problema nenhum, mas que fosse um cão que não estivesse nos padrões que geralmente as pessoas preferem adotar”, contou Thais.
Segundo ela, cães jovens e de pequeno porte geralmente são adotados primeiro. “Como ele [André] já conhece os cães que eu já tinha, ele já sabia o que daria para colocar junto com eles aqui no nosso apartamento. Chegando lá, ele viu a Sônia e mandou o vídeo avisando que tinha achado uma cachorrinha idosa e que estava trazendo para mim”, completou a tutora.
Cachorra Sônia foi resgatada de telhado em Canoas, RS, durante enchentes
Reprodução/Educador de Cães
Adaptação
A cadela está há dois meses com a família em Criciúma. “Quando ela chegou para a gente, a primeira coisa que a gente fez foi consultar com um veterinário para saber como estava a saúde dela. Ela tinha alguns tumores, teve que fazer uma cirurgia bem grande para retirar, mas deu tudo certo e agora ela está ótima”. contou a tutora.
Cachorra Sônia mora com a família em Criciúma, SC
Thais Kelm/Arquivo pessoal
Com a saúde em dia, era hora da cachorrinha, que tem 14 anos, conhecer o novo lar. E houve desafios, conforme a tutora.
“A Sônia é bastante ansiosa e assustada. No começo, tinha muito medo de ficar só. Mesmo se estávamos no apartamento, ela queria ficar sempre com a gente e se por algum motivo saíamos da vista dela, ela chorava, Mas já está bem melhor quanto a isso”.
Além das pessoas que a adotaram, Sônia também aprendeu a conviver com os outros dois cachorros da casa, a Prada e o Via Rápida.
“No primeiro dia que a Sônia chegou à nossa casa, o Via Rápida teve bastante ciúmes, mas agora os dois estão mais amigos. Notei que se aproximaram depois que a Sônia começou a ir para a creche do André junto com o Via. Aqui em casa eles brincam, às vezes dormem pertinho um do outro. E quanto a Prada, ela é uma cachorrinha mais na dela, então elas não são melhores amigas, mas se dão bem”, contou.
Cachorra Sônia no ônibus da creche pet com a cadela Prada (branca) e o cão Via Rápida (preto)
Thais Kelm/Arquivo pessoal
Bressan também falou sobre as ansiedades da “auluna”. “Ela tem um pouco de fobia de andar dentro de carro, é um pouco ansiosa para ficar sozinha, é um pouco reativa com barulhos, assim, que provavelmente podem ser derivados do trauma, de trovões, coisas assim. Mas de maneira geral ela está bem”.
Sônia também tem se ajustado ao dia a dia na escola canina.
“Ela já está bem adaptada às questões da creche, aos horários, atividades com os coleguinhas dela, brincadeiras e tal. Ela vem para a creche há pouco tempo, há cerca de um mês mais ou menos. É ainda um longo caminho, mas ela está bem adaptada”, resumiu André.
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