Neste ano, 515 candidaturas a vereador foram registradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Imagem de arquivo mostra sessão na Câmara Municipal do Recife
Reprodução/TV Globo
O número de candidatos e candidatas à Câmara Municipal do Recife caiu 42,5% em 2024, em comparação à última eleição municipal, em 2020. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram homologadas as inscrições de 515 de candidatos a vereador do Recife neste ano, enquanto nas eleições de 2020, foram 896 candidaturas registradas ao total.
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Neste ano, o Recife tem 178 mulheres e 337 homens disputando vagas na Câmara Municipal. Isso equivale a 35% e 65% dos postulantes ao cargo, respectivamente. O prazo para registro ao pleito no TSE encerrou na quinta-feira (15).
Neste ano, houve diminuição do número de cadeiras de vereador no Recife: de 39 para 37. A redução aconteceu depois da divulgação dos dados do Censo 2022, que constatou que a cidade tinha mais de 1,5 milhão de habitantes em 2010 e, doze anos depois, passou a contar com cerca de 1,4 milhão de moradores, o que representa uma diminuição de 3,17%.
Para a cientista política Priscila Lapa, a redução de vagas na Câmara Municipal pode ser um dos motivos para a essa redução de 42,5%.
Ela afirmou que as duas vagas a menos na Casa de José Mariano geram um impacto considerável na corrida à Câmara.
“Toda vez que a gente tem uma mudança institucional, de regra de tamanho de bancada, é natural que haja um fenômeno de mudança de comportamento dos partidos e dos candidatos que vão pleitear a disputa. Ainda mais porque essa mudança ocorreu num período próximo. Se essa mudança tivesse sido anunciada dois anos atrás, por exemplo, os partidos teriam um tempo para se reorganizar, se estruturar e pensar as suas estratégias frente a uma redução do número de vagas”, detalhou.
A especialista afirmou que alguns partidos não conseguiram traçar boas estratégias para firmar alianças, sobretudo os menores, para que mais candidaturas fossem lançadas.
“Para muitos, o prefeito [João Campos, do PSB] vem com uma candidatura forte, com uma base muito consolidada na Câmara Municipal e com pouco espaço para novidades, para que você tenha candidaturas desafiantes, e o Executivo é o que puxa o clima da eleição. Isso acaba impactando também na redução daqueles que querem participar da disputa no legislativo”, pontuou.
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