18 de novembro de 2024

Câmeras registram veículo que funcionária da Apae dirigia circulando próximo ao local em que foi encontrado

Secretária executiva da diretoria da entidade em Bauru (SP), Claudia Regina da Rocha Lobo foi vista pela última vez no dia 6 de agosto. Presidente da entidade foi preso na quinta-feira (15) por suspeita de envolvimento no desaparecimento. Câmeras registraram veículo que funcionaria da Apae dirigia circulando próximo ao local em que foi encontrado
Polícia Civil/Divulgação
Imagens de câmera de segurança divulgadas pela Polícia Civil mostram o veículo que a funcionária da Apae Claudia Regina da Rocha Lobo, desaparecida desde o dia 6 de agosto, dirigia, circulando próximo ao local em que foi o veículo foi encontrado, no dia seguinte. Presidente da instituição foi preso suspeito de envolvimento no desaparecimento.
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O veículo, que pertence à instituição filantrópica, foi flagrado em um dispositivo de retorno da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Bauru (SP), no fim da tarde.
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Já no início da noite, uma câmera de segurança residencial registrou o veículo transitando pelo bairro Vila Dutra, próximo ao local onde foi encontrado, estacionado na quadra cinco da Rua Alameda Três Lagoas (veja o vídeo acima).
O veículo ainda foi flagrado por câmeras de segurança transitando pela Avenida Nações Unidas, porém, não foi possível identificar o motorista.
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Amigos próximos
A filha de Claudia Regina da Rocha Lobo contou, em entrevista à TV TEM, que sua mãe e o presidente da instituição, Roberto Franceschetti Filho, são amigos próximos e colegas de trabalho há mais de 10 anos e que, inclusive, manteve contato com o presidente diariamente desde o dia em que viu sua mãe pela última vez.
“Foi e ainda está sendo muito chocante por sermos próximos e termos essa amizade. Eu falei com ele todos esses dias. Ele foi uma das primeiras pessoas para quem eu liguei, porque eu sabia que eles tinham essa relação muito próxima no trabalho, e ele falou que não esteve com minha mãe fora da Apae”, lembra a filha.
Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária em Bauru (SP)
Arquivo pessoal
A Apae informou que se surpreendeu com a notícia do envolvimento de Roberto no desaparecimento de Claudia e que o fato não tem relação com os serviços prestados pela entidade. A Feira da Bondade, considerada uma das principais maneiras da instituição arrecadar fundos, foi adiada.
Além disso, foi confirmado que Roberto não faz mais parte do corpo diretivo e que Maria Amélia Moura Pini Ferro está na presidência da instituição. A entidade também informou que os atendimentos continuam normalmente em suas unidades.
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Prisão
Um sinal de celular confirmou que Roberto esteve no local onde o carro de Claudia, que pertence à entidade, foi encontrado.
O suspeito foi preso na quinta-feira, em casa, onde uma pistola calibre 380 também foi apreendida. A arma tem o mesmo calibre de um estojo que foi encontrado no veículo que Cláudia dirigia antes de desaparecer.
Roberto foi conduzido para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Bauru e ouvido no final da tarde. Durante a noite, ele foi transferido para o CDP de Pirajuí (SP). Nesta sexta-feira (16), ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada após audiência de custódia e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí.
Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária
Reprodução/Facebook
De acordo com a Polícia Civil, vestígios encontrados no veículo durante a perícia realizada no dia 7 de agosto, quando ele foi localizado, foram identificados como marcas de sangue. Uma das principais linhas de investigação é de que se trata de um homicídio.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Cledson Nascimento, no final da tarde de quinta-feira, foram feitas diligências em uma área de descarte de material da Apae, no bairro Pousada da Esperança, porém, nenhum corpo foi encontrado.
Em nota, a defesa de Roberto afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação.
“Por conta de ter sido decretado segredo de Justiça no inquérito policial, eu não posso me manifestar sobre as investigações. A única coisa que posso te afirmar é que nosso cliente ainda não prestou depoimento até o presente momento e nós ainda não tivemos acesso ao conteúdo da investigação”, afirmam os advogados Vanessa Mangile Leandro Pistelli e Lucas Matins.
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Desaparecimento
Imagens de câmeras de segurança da rua onde fica o prédio administrativo da Apae, na Rua Rodrigo Romeiro, registraram o momento em que Claudia caminha até o carro, que está estacionado na rua e pertence à entidade, com um envelope na mão (veja o vídeo abaixo).
A filha da secretária, Letícia da Rocha Lobo, contou que a mãe disse a uma colega de trabalho que iria sair para resolver coisas do trabalho e saiu sem levar a bolsa e o celular, um pouco antes das 15h.
Em entrevista ao g1, Letícia disse que não notou nada de diferente na mãe nos últimos dias. “Ela disse para a recepcionista que iria resolver umas coisas da Apae e voltava mais tarde, e até agora nada”, contou.
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Arquivo pessoal
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