Provas do certame serão aplicadas neste domingo, 18 de agosto, em todo o Brasil. Tamires Vaz, candidata a uma das vagas do Enem dos Concursos.
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As provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, serão aplicadas neste domingo (18). Só no Pará, 117.643 candidatos se inscreveram no exame.
O g1 Pará conversou com alguns candidatos que compartilharam as suas expectativas, histórias e preparativos para o tão esperado processo seletivo.
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➡️ Confiar no processo é importante
O antropólogo Lucas Monteiro, de 31 anos, revela que está relativamente confiante. Segundo ele, há meses vem se preparando.
“Estudo por meio de vídeo aulas, apostilas e alguns materiais dos tempos da faculdade. Sinto que tenho chances de conseguir uma vaga, por mais que algumas questões fujam do meu campo de estudo, porém, pretendo focar nas que considero mais fáceis”.
Lucas concorre às vagas do Bloco 5, para os cargos de Analista e Especialista em Indigenismo.
Por outro lado, Tamires Vaz, estudante de 29 anos, conta que prefere manter as expectativas um tanto baixas, muito por se tratar de um concurso inédito.
“Mesmo eu já conhecendo o perfil da banca, foi um pouco difícil estudar no escuro por se tratar de um concurso que nunca foi feito antes. Mas, no geral, não vejo a hora de chegar o domingo e fazer logo a prova”.
Tamires concorre às vagas do Bloco 8, destinadas ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
✅ Tempo da prova e de intervalo preocupam candidatos
Um dos questionamentos feitos pelos candidatos do Enem dos Concursos foi a respeito do tempo de prova e da duração do intervalo entre elas.
No cronograma, as provas, divididas em dois turnos (matutino e vespertino), iniciarão às 9h, com 2h30 de duração, e às 14h30, 3h30 de duração, com pelo menos duas horas de intervalo.
Lucas Monteiro, candidato a uma das vagas do Enem dos Concursos.
Arquivo pessoal.
Para Lucas, o tempo é “bem apertado” e se fará necessário uma organização de logística e alimentação.
“Eu vou fazer prova um pouco distante de casa, então vou precisar ficar em algum restaurante das redondezas para comer e descansar um pouco, abdicando de um espaço mais confortável para isso. Mas, concurso é assim mesmo. Esse é o intervalo que normalmente as bancas dão”.
Para Tamires, o certame é visto como uma prova de resistência, por exigir concentração por um longo período.
“Eu preferia que eles tivessem adotado o modelo de aplicação do Enem, pois, o formato que foi escolhido será muito cansativo física e mentalmente, tenho certeza. Mas, espero estar entre as pessoas que vão conseguir superar esse desafio”.
Mudança na data das provas
Devido às chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul no início deste ano, as provas, que seriam aplicadas no dia 5 de maio, foram adiadas para o dia 18 de agosto. Com essa mudança, apesar da motivação ter sido por conta de um desastre, os candidatos viram uma oportunidade de revisar o que tinha ficado para trás.
Lucas conta que se beneficiou com a alteração da data por não ter tido a oportunidade de estudar devidamente para o “Enem dos Concursos”.
“Eu estava envolvido com outro certame, então estava sem tempo para estudar para o CNU. Hoje percebo que sem esse tempo a mais eu não teria a menor condição de ser aprovado”.
Já Tamires, que se considera uma concurseira, revela que a alteração da data não afetou os seus estudos, uma vez que já vinha se preparando.
“Já estou nessa vida de concurseira há três anos. Entrar no serviço público é o meu objetivo, então estou sempre me preparando para aqueles que busco”.
Emocional dos candidatos é importante
O coordenador Waldomário Melo, do Hertz Concursos, que atua há 27 anos no mercado de preparatório para concursos públicos, conta que o processo do “Enem dos Concursos” foi excelente para o preparo do candidato que deseja uma vaga.
Segundo o profissional, os candidatos tiveram um prazo maior, comparado aos concursos públicos comuns, que têm apenas 60 dias do edital até a prova.
“Tanto os professores quantos os alunos puderam ver e rever a parte teórica e trabalhar em cima de muitos exercícios”.
Waldomário Melo, coordenador do Hertz Concursos.
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Ele explica que, agora, o momento é focar no emocional, uma vez que os preparativos foram intensos, o que exigiu muito do participante.
“Agora, o candidato precisa controlar a ansiedade, descarregar todo o estresse, investir em uma boa alimentação e até exercícios físicos para amenizar toda a carga negativa que ficou acumulada”.
Waldomário reafirma que a melhor preparação, além dos estudos, é ter um pensamento positivo na hora de fazer a prova.
“Pensamentos como “não vou conseguir” só aumentam a ansiedade e são contraditórias com todo o percurso que você percorreu até chegar a este dia. Portanto, mantenha uma atitude positiva e confie na sua preparação”.
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