As músicas que Silvio Santos cantava também viraram marcas registradas, especialmente as marchinhas de carnaval. E foi na Marquês de Sapucaí que o apresentador recebeu uma das maiores homenagens em vida: foi enredo da escola de samba Tradição, em 2001. Marchinhas e homenagem na Sapucaí: o lado carnavalesco de Silvio Santos
As músicas que Silvio Santos cantava também viraram marcas registradas, especialmente as marchinhas de carnaval. E foi na Marquês de Sapucaí que o apresentador recebeu uma das maiores homenagens em vida.
Pode ter sido coincidência. No dia da morte do maior comunicador do Brasil, um encontro de dois times que fazem parte da história de Silvio Santos. Fluminense versus Corinthians no Maracanã.
O apresentador também se arriscava na música. Gravou cinco discos. No repertório, marchinhas que embalaram muitos carnavais — e que são lembradas até hoje, como é “Ritmo de Festa”, e “A Pipa do Vovô”.
“Ele começa a gravar marchinhas de carnaval ainda na década de 50 no rádio de São Paulo. Inclusive tem uma gravação ou outra muito rara por aí que ele começa a gravar. Mas ele vai realmente gravar mais a partir do final dos anos 60 durante toda a década de 70 e durante os anos 80”, diz Fernando Morgado.
Muitas dessas marchinhas foram compostas pelo casal Manoel Ferreira e Ruth Amaral. Como mostrou a Denise Fraga no quadro “Retrato Falado”, no Fantástico, em 2005.
Silvio Santos, homem que, todo domingo, dominava o auditório lotado com as famosas “colegas de trabalho”, encarou uma plateia muito maior em 2001. Senor Abravanel, carioca nascido aqui na Lapa, centro boêmio do Rio, recebeu uma de suas maiores homenagens em vida: ser enredo na Marquês de Sapucaí.
A escola de samba Tradição, que tá aqui com a gente, cantou na avenida a trajetória do Silvio. E caprichou nos bordões que estão na memória afetiva de todos nós, brasileiros.
Silvio Santos veio no abre-alas, com um terno prateado, feito especialmente pra ocasião. Sorridente, cumprimentando o público – e com o samba na ponta da língua. Foi um sucesso também nas arquibancadas, graças a um “empurrãozinho” do Silvio.
“Então, quando ele entra na Sapucaí, todo mundo, independentemente de escola de samba que torcesse, todo mundo sabia cantar o samba da Tradição”, afirma Fernando Morgado.
“Ele ia sempre escondidinho, de madrugada, que aí ele chegava com o jatinho dele, parava no barracão, via tudo, dava uns palpites dele e depois ia embora. Tudo era do jeito que ele queria. Aqui tem que estar o Troféu Imprensa, aqui vem a Hebe, aqui o Gugu”, conta a presidente da Tradição, Raphaela Nacimento.
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