Das doze Agências de Previdência Social (APS) no estado, seis estão totalmente fechadas e outras quatro estão com os serviços parcialmente paralisados. Categoria afirma que a paralisação busca a valorização da carreira e melhores condições de trabalho Paralisação ocorre desde julho
Andressa Libório/Rede Amazônica
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Amazonas completa dezenove dias, nesta segunda-feira (19). Das doze Agências de Previdência Social (APS) no estado, seis estão totalmente fechadas e outras quatro estão com os serviços parcialmente paralisados.
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Segundo o movimento grevista, dos 180 servidores lotados no Amazonas, 60 aderiram a paralisação. A reivindicação da categoria é a recomposição de perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho.
“A paralisação é necessária para que a gente possa manter viva a carreira do técnico do seguro social. existe atualmente um movimento de extinção da nossa carreira, havendo essa extinção a gente não vai poder mais atuar como agente transformador que a gente é na sociedade, então por respeito a gente deve entrar em greve” , afirmou o técnico do seguro social, Eduardo Picanço.
A paralisação dos servidores, deflagrada no estado no dia 1º de agosto, afetou a oferta de serviços em todo o Amazonas. Nos municípios de Maués, São Paulo de Olivença, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, as agências estão de portas fechadas e a população permanece sem acesso aos serviços. Em Manacapuru o funcionamento foi parcialmente afetado.
Na capital do estado, duas agências suspenderam totalmente o atendimento ao público e outras três funcionam parcialmente. Confira abaixo:
APSs fechadas
APS Aleixo (Manaus)
APS Compensa (Manaus)
APS Maués
APS São Paulo de Olivença
APS Rio Preto da Eva
APS Presidente Figueiredo
APSs com serviço parcialmente paralisado
APS Manacapuru
APS Aleixo
APS Codajás (Manaus)
APS Compensa (Manaus)
APSs em funcionamento total
APS Cidade Nova (Manaus)
APS Centro (Manaus)
Em nota, a gerência do INSS no Amazonas informou que a interrupção dos servidores não teve impacto maior nos serviços de atendimento.
“O INSS informa que a paralisação dos servidores não impactou significativamente os serviços prestados à população. E orienta aos cidadãos e cidadãs que mais de 100 serviços do INSS podem ser realizados pela plataforma Meu INSS, que tem versão para celular ou site gov.br/meuinss, ou pela Central de Atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h”
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Peritos vão aderir
A Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) divulgou um comunicado que a partir desta terça-feira (20), todos os médicos irão aderir a greve nacional.
O médico-perito do INSS é responsável por avaliar as condições de saúde e a capacidade de trabalho de uma pessoa para determinar se a mesma tem direito a benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez.
A adesão do grupo surge em um momento em que os grevistas vivem um entrave com o governo federal, que oficializou, no sábado (17), o desconto no salário dos servidores que estão paralisados.
Segundo um dos representantes do movimento grevista, uma judicialização contra a medida considerada abusiva, e que vai de contra a recomendação do Supremo Tribunal Federal para que o desconto do salário se limite a 30% dos vencimentos dos servidores em greve.
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