Dois anos após o crime, Donizete Ferreira Soares, que respondeu o caso em liberdade, foi condenado a 5 anos de prisão. Donizete Ferreira Soares foi condenado nesta segunda-feira (19) a 5 anos de prisão por atirar na cabeça de um vizinho, quando o homem limpava a calçada. O caso aconteceu há dois anos e, na época do crime, a vítima, de 41 anos, ficou mais de 24h consciente, com bala alojada na cabeça.
Além da prisão, Donizete, de 61 anos, também irá pagar R$ 30 mil de indenização a vítima, por danos morais.
Relembre o caso
Homem atira na cabeça de vizinho que limpava calçada
O caso aconteceu no dia 24 de julho de 2022. Nas imagens, é possível ver que a vítima estava de camiseta branca e limpava a calçada da casa do vizinho, quando ele apareceu (veja vídeo acima). Os dois trocaram algumas palavras e o homem entrou em sua residência.
Em seguida, o vizinho retornou apontando uma arma e disparou contra o vizinho, que saiu correndo enquanto era perseguido pelo autor dos tiros. Um dos disparos atingiu a cabeça da vítima, e o projétil ficou alojado no rosto.
O homem ficou todo o tempo consciente mesmo com a bala na cabeça. Ele chegou a trocar mensagens de texto com a polícia, explicando o que houve nos momentos anteriores ao disparo.,
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Donizete Ferreira Soares
Reprodução/ChapadaenseNews
O g1 consultou o médico neurocirurgião Diego Ramos para entender como a vítima permaneceu acordada mesmo sem ter retirado a bala da cabeça. Conforme o boletim da Santa Casa da capital, o projétil ficou alojado próximo à orelha direita do homem. Ele foi avaliado por três médicos especialistas: bucomaxilo, neurocirurgião e otorrino.
Ao g1, o neurocirurgião disse que as condições de saúde posterior ao ferimento dependem de onde a bala ficou alojada e do trajeto que o projétil fez.
“A gente pode dividir a cabeça entre a face e o crânio. Os ferimentos de face não vão trazer nenhum tipo de repercussão neurológica ao paciente. Já entre os ferimentos do crânio, vai depender [do caso]”, explicou.
Ele disse que, mesmo se o projétil atingir o crânio, a pessoa pode sobreviver.
“Se atravessou [bala] uma parte específica do cérebro, também pode sobreviver com sequelas ou não. Agora o que está mais relacionado a óbito são os ferimentos que são transfixantes, que atravessam de um lado ao outro do cérebro. Os projéteis que estão na parte bem profunda e inferior do cérebro, esses são os que têm mais chances de [levar a] óbito”, explicou.
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