A polícia afirma que o ataque é parte da guerra de facções que disputam territórios e negócios ilegais na Zona Norte do Rio. Ataque de traficantes deixa cinco mortos e dois feridos em praça na zona norte do Rio
Cinco pessoas morreram e outras duas ficaram feridas depois de um ataque de traficantes em uma praça lotada na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A polícia afirma que o ataque é parte da guerra de facções que disputam territórios e negócios ilegais na Zona Norte do Rio.
“Não é só o tráfico de drogas. Todos esses serviços – água, luz, TV a cabo, internet, transporte -, tudo isso é explorado pelo Comando Vermelho. A facção aprendeu isso com a milícia. Essa disputa de território hoje é sinônimo de receita”, afirma Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Rio.
Pouco depois da meia-noite, criminosos que estavam dentro de um carro e uma moto passaram atirando pela Praça Barão de Drumond, em Vila Isabel. A praça fica a cerca de três quilômetros do estádio do Maracanã e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ.
Polícia do Rio investiga chacina em praça a 3 km da UERJ do Maracanã
Reprodução/TV Globo
Moradores curtiam a noite de domingo quando foram surpreendidos pelos disparos. As imagens mostram momentos de pânico. Sete pessoas foram atingidas. Testemunhas contaram que havia muita gente na praça.
“Esses caras conseguiram chegar até aqui e acertar uma porção de gente inocente. Crianças na praça”, diz uma testemunha.
Polícia do Rio investiga chacina em praça a 3 km da UERJ do Maracanã
Reprodução/TV Globo
Segundo as investigações, o alvo dos traficantes do Comando Vermelho era o chefe do tráfico do Morro dos Macacos: Pedro Henrique Barbosa da Conceição, conhecido como “Marreco”, pertencia à facção Terceiro Comando Puro. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Além do traficante, quatro pessoas foram mortas.
Pedro Henrique Barbosa da Conceição
Reprodução/TV Globo
A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que a chacina de Vila Isabel foi discutida nesta segunda-feira (19) em uma reunião com o Ministério Público e a cúpula dos setores de inteligência das polícias Civil e Militar. As autoridades querem identificar os integrantes do Comando Vermelho e transferir os responsáveis pelos ataques para presídios federais em outros estados. O chefe da organização, Marcinho VP, está preso em Catanduvas, no interior do Paraná.
“Isso é um indicativo de que há necessidade de uma ação mais contundente por conta da segurança pública, transferindo esses presos para outras unidades do Brasil”, afirma XXX.
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