Caso foi registrado na madrugada deste domingo (18) na Delegacia de Plantão na cidade como ‘prática de ato de abuso a animais’ e ‘ameaça’. Tigrinho era cão comunitário e, segundo relato de testemunhas, era manso e não tinha histórico de ataques em Limeira.
Reprodução/MP-SP
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte do cão comunitário conhecido como “Tigrinho”, em Limeira (SP), nesta segunda-feira (19). O animal foi esfaqueado por um homem no último sábado (17) próximo do bar onde o animal tinha um de seus cuidadores na região. O suspeito está preso, após pedido da Justiça por crime contra a fauna, e deverá passar por audiência de custódia nesta terça-feira (20).
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Segundo registro da Polícia Civil no dia do ocorrido, alegou ter usado uma faca para afastar o cão de seu filho após suposto ataque.
De acordo com o documento assinado pelo promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, testemunhas afirmaram que quando o cão foi esfaqueado ele já não apresentava perigo à criança.
MP abre inquérito para apurar morte de cão comunitário ‘Tigrinho’ em Limeira e Justiça pede prisão preventiva de suspeito do crime
Reprodução/MP-SP
Cão comunitário
O cachorro, ainda segundo a Promotoria de Justiça de Limeira, não tinha tutor ou lar, “sendo tratado e cuidado por todos os vizinhos, levando-se em consideração o quanto era manso e sem histórico de algum ataque”, conforme trecho de relato que integra a representação do Ministério Público ao qual o g1 teve acesso nesta segunda-feira.
Cão é morto com golpe de faca em Limeira
Reprodução/MP-SP
Prisão preventiva
O Tribunal de Justiça decidiu pelo pedido de prisão preventiva em vez de aplicação de medidas cautelares.
“Os fundamentos utilizados pela autoridade impetrada evidenciam que [o suspeito] é pessoa possivelmente fria e cruel, de modo que a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas não seria suficiente para resguardar, de maneira satisfatória, os bens juridicamente tutelados pelo art. 312 do Código de Processo Penal”, afirma o juiz pelo juiz Guilherme Lopes Alves Lamas na decisão.
De acordo com a decisão do TJ, o pedido de prisão preventiva do homem suspeito de esfaquear e matar o cão “Tigrinho” se deu também para garantia da ordem pública.
“Conforme aventado pelo Ministério Público, o caso trouxe grande insatisfação à sociedade Limeirense, notadamente frente a crueldade empregada pelo averiguado, inclusive foi reportado que houve ameaça de linchamento e depredação do veículo do investigado, motivo pelo qual a decretação da prisão preventiva é imprescindível para garantia da ordem pública”, justificou em trecho da decisão.
Plantão Policial de Limeira registrou o caso
Reprodução/EPTV
Polícia Civil
A Polícia Civil de Limeira (SP) investiga as circunstâncias da morte de um cachorro comunitário após o animal ter sido ferido com golpes de faca. De acordo com o registro da ocorrência, um homem esfaqueou o cão na tentativa de afastá-lo do filho.
A criança teria sido atacada pelo cachorro que vive no bairro Residencial Village e tem, entre os tutores, o dono de um bar na região.
Depois de ferido, o cachorro saiu em direção ao bar, mas não resistiu aos ferimentos. Um grupo de pessoas que estava no estabelecimento, segundo declaração dos pais da criança no boletim de ocorrência, os ameaçou com enxada, bancos de madeira e faca, dizendo que iriam fazer o mesmo com eles.
Os pais do menino mordido pelo cão alegam que tiveram o pneu traseiro do carro da família furado durante a confusão.
A criança foi levada pelos responsáveis a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Aeroporto. Na sequência, foi a delegacia para registrar o caso.
O grupo que estava no bar também esteve na delegacia para denunciar a morte do cão. O animal foi levado a uma clínica veterinária para elaboração de exame necroscópico.
O caso ocorreu na Rua Professor Ari Pereira Souto e segue em investigação.
“O fato envolvendo as partes é complexo e deve ser melhor apurado, sem ignorar que envolve a morte de um cão e a integridade física de uma criança”, narrou o delegado no registro da Polícia Civil.
A ocorrência foi registrada na madrugada deste domingo (18) na Delegacia de Plantão na cidade como ‘prática de ato de abuso a animais’ e ‘ameaça’.
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