18 de novembro de 2024

‘Foi uma cena de terror’, diz fotógrafa que escapou de incêndio na Serra do Cipó; VÍDEO

Isis Medeiros saiu com o namorado para visitar cachoeira e, horas depois, foi surpreendida pelas chamas. Fogo consome vegetação no local pelo segundo dia seguido. ‘Foi uma cena de terror’, diz que fotógrafa que escapou de incêndio na Serra do Cipó
Instagram/@isis.medeiross
A fotógrafa Isis Medeiros, de 34 anos, descreve como uma “cena de terror” o incêndio que presenciou na Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais, neste domingo (18). O fogo consome a vegetação no local pelo segundo dia seguido.
Isis conta que saiu, junto com o namorado, para visitar uma cachoeira na área de preservação ambiental e, no momento em que chegaram, não havia nenhum sinal de queimada. No entanto, horas depois, os dois foram surpreendidos pelo fogo (veja vídeo abaixo).
“Quando a gente estava deitado, olhando para cima, vimos que a fumaça começou a entrar na mata onde a gente estava. Quando a fumaça ‘fechou’ o céu, ficamos preocupados”, relatou Isis ao g1.
Fotógrafa registrou ‘fuga’ de incêndio na Serra do Cipó – Créditos: Instagram/@isis.medeiross
À medida que as chamas se alastravam, o desespero aumentava. De acordo com a fotojornalista, o casal precisou correr para se salvar e quase teve o próprio carro incendiado.
“Foi uma cena de terror. Foi por muito pouco que a gente não ficou preso na trilha. O fogo foi fechando o entorno onde nós estávamos, tinha uma grande linha de fogo nos cercando. A gente correu muito, entrou no carro, com as chamas perto da roda, e saímos em direção ao vilarejo”, disse a fotógrafa.
Ao pegar estrada, Isis pôde ter a real dimensão do incêndio. “Quando a gente pegou a estrada, estava tudo queimando, saímos em meio às chamas. Foi tudo terrível”, afirmou.
Pelo segundo dia
Chamas altas consomem Serra do Cipó
Geraldo Fernandes/Acervo pessoal
O fogo destrói a vegetação da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, desde o domingo (18). Brigadistas acreditam que o incêndio seja criminoso, a partir de chamas que tiveram origem na MG-010 e se alastraram rapidamente por causa do tempo seco.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), são diversos focos que atingem a Serra do Cipó e outras áreas do Vale do Espinhaço, como a Área de Proteção Ambiental do Morro da Pedreira.
Cerca de 52 brigadistas voluntários e militares do Corpo de Bombeiros trabalham no combate ao fogo em locais de difícil acesso. Helicópteros e aviões também estão sendo utilizados.
O Parque Nacional da Serra do Cipó está fechado para visitação a partir desta segunda-feira (19). Ainda não há previsão para reabertura nem informações sobre a área total queimada.
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