Marçal e Tabata compareceram a debate organizado pela revista ‘Veja’ e criticaram Boulos, Datena e Nunes, que preferiram seguir com agendas públicas. Os candidatos à Prefeitura de SP Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB).
Montagem/g1/Divulgação
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo se dividiram neste início de semana entre agendas públicas e o debate promovido pela revista “Veja”.
Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB) privilegiaram a campanha na rua, em caminhadas e encontros com correligionários.
Já Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) focaram no debate, com a também candidata Marina Helena (Novo), e criticaram a ausência dos outros três candidatos.
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Público feminino
Boulos e Marta durante agenda de campanha na Zona Oeste
Gustavo Honório/g1
Guilherme Boulos, ao lado de Marta Suplicy (PT), candidata a vice, participou de um encontro com mulheres que disputam uma vaga à Câmara Municipal na Zona Oeste da capital.
Para o público majoritariamente feminino, Boulos reafirmou três compromissos, caso seja eleito: ter metade do secretariado composto por mulheres; levar unidades de saúde voltadas às mulheres periféricas nas 32 subprefeituras da cidade; e fortalecer o programa Guardiã Maria da Penha, da Guarda Civil Metropolitana.
“O problema não é só em relação à violência contra mulher, mas também em todas as áreas. Não é falta de dinheiro. Dinheiro tem, o que falta é prefeito para a cidade de São Paulo”, afirmou o candidato.
Marta Suplicy, que foi prefeita da capital entre 2001 e 2004, foi aclamada pelo público presente. “Marta, Marta, Marta!”, gritaram as apoiadoras.
Em seu discurso, Marta afirmou que não vai ser uma vice “decorativa”. ” Mulher é muito determinada. Você vai se arrepender [de ter escolhido uma vice mulher]”, disse ela, em tom de brincadeira.
Marta e Boulos durante evento de campanha na Zona Oeste de SP
Rayane Macedo/g1
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Selfies e cafezinho
O candidato a prefeito de SP José Luiz Datena durante agenda de campanha na Zona Leste
Renata Bitar/g1
Pela manhã, o apresentador Datena visitou os bairros Jardim das Camélias e Vila Carmosina, ambos na Zona Leste.
Durante a agenda, o candidato caminhou brevemente por um trecho da Avendia Jacu-Pêssego e visitou uma padaria, onde interagiu com eleitores e falou com a imprensa.
Um dos temas abordados por ele foi a proposta dos “territórios de emprego”, que consta no programa de governo apresentado à Justiça Eleitoral.
A ideia é reduzir impostos e dar incentivos à construção de moradias populares em regiões periféricas da cidade, mediante à condição de que parte da mão de obra empregada nesses projetos seja de moradores da região – visando aproximar os eixos casa e trabalho.
“Tem muita zona aproveitável aqui abandonada, terrenos enormes que eu não digo nem desapropriar, mas comprar por um preço justo e erguer, num espaço de 4 mil metros [quadrados], você erguer, em média, 450 apartamentos”, disse Datena. “Quem construir vai ter que, na construção, contratar 20% da mão de obra local”.
O candidato também reiterou o interesse em armar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) com fuzis e seu posicionamento contrário às reeleições.
Depois de tirar selfies e tomar alguns cafés, Datena deixou a padaria em uma SUV. Segundo sua equipe, não há previsão de outros compromissos abertos nesta segunda.
Candidatos a vereador pela federação PSDB/Cidadania também aproveitaram a visita de Datena para se apresentarem aos eleitores e gravar conteúdo para as redes sociais.
O candidato a prefeito de SP José Luiz Datena durante agenda de campanha na Zona Leste
Renata Bitar/g1
Jingle e bateria
Ricardo Nunes e Milton Leite durante agenda de campanha na Zona Sul
Divulgação
O candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) participou de uma reunião com lideranças comunitárias em um espaço de um restaurante cedido na Avenida Guarapiranga, no Jardim Alfredo, Zona Sul de São Paulo, ao som do jingle de campanha e bateria.
Ao lado da mesa, Nunes esteve acompanhado do deputado federal Alexandre Leite, o candidato a vereador Silvinho e do atual presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União).
O primeiro a falar com o público lotado de apoiadores foi o deputado federal, seguido por Milton, que citou obras e ações feitas na região e comentou sobre a aposentadoria da vida pública. Segundo ele, este é “um momento de transição”. O presidente do Legislativo municipal não vai tentar mais um mandato depois de ser eleito vereador por sete vezes.
“Tudo tem que ser feito com sucessão e com alegria que eu deixo o mandato parlamentar”, disse, seguido de Silvinho, o candidato que tem o apoio da “família Leite” para tentar uma cadeira. Segurando uma pipa personalizada com o símbolo do Corinthians, Milton a levantou e brincou que “a dele sobe”.
Nunes conversou com os moradores sobre “ser da periferia”, emendou sobre ações feitas e destacou que “esta em uma eleição diferente”, um “novo modelo” com influência direta da internet. Segundo ele, candidatos da região devem ser valorizados por que “sabem a dor das pessoas” e não “quem fica só internet” e “nunca passou” pela área.
“Nós não podemos deixar quem nunca veio na região, que não sabe de nada do que acontece na vida das pessoas, entre na casa das pessoas pela internet. A gente tem que ir lá, levar, falar das nossas conquistas e tudo aquilo que a gente conseguiu conquistar, que a gente vai conseguir dar continuidade e fazer.”
Milton Leite e Ricardo Nunes durante agenda de campanha na Zona Sul
Carlos Henrique Dias/g1
Debate
Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo) participam do debate da Veja/ESPM em São Paulo, nesta segunda-feira (19).
Reprodução/Youtube
A decisão das campanhas de Boulos, Datena e Nunes de não comparecer ao debate aconteceu na noite do domingo (18), sem que muitos detalhes fossem dados sobre os motivos da desistência.
Na última quinta-feira (15), a revista “Veja”, promotora do evento, havia divulgado para a imprensa a informação deque todos os principais candidatos confirmaram presença no debate.
Oficialmente, as campanhas alegam que os candidatos ausentes já tinham outros compromissos agendados para o mesmo horário. O g1 apurou com as campanhas que a revista se antecipou e anunciou sem a confirmação oficial dos partidos.
A Veja informou, por nota, que “as assessorias dos candidatos Guilherme Boulos e Ricardo Nunes formalizaram presença no debate nos dias 23 de julho e 24 de julho, respectivamente”. A publicação informou que “só anunciou a confirmação dos dois candidatos após ter recebido essa formalização”.
Os coordenadores de campanha apontam também que a falta de controle dos organizadores dos debates sobre o comportamento do candidato Pablo Marçal (PRTB) foi o principal motivo dos cancelamentos de última hora.