Luiz Felipe Ramos, de 25 anos, de Torres, teve membro amputado ao sofrer acidente com trator aos oito anos. Ele começou a laçar aos 12 anos. Laçador participa de provas de laço sem braço direito no RS
Quem vê o laçador Luiz Felipe Ramos, de 25 anos, de Torres, nas canchas de rodeio pelo Rio Grande do Sul, fica impressionado com a habilidade em participar das provas de tiro de laço, de igual para igual com os demais laçadores.
Médico veterinário e estudante de mestrado, ele sofreu um acidente com trator aos oito anos, quando perdeu o braço direito. Destro, teve que reaprender a fazer tudo, com a mão esquerda.
“Quando saí do hospital depois de 21 dias, já conseguia escrever o nome”, ele lembra.
No último dia 28 de julho, ele participou do rodeio do CTG Porteira Gaúcha, em Torres. E impressionou não apenas pela habilidade em se equilibrar no cavalo e laçar mesmo sem um dos braços, mas também pela forma com que recolhe o laço para preparar a armada: utilizando o ombro direito.
“Eu vi que dava certo utilizar o ombro. Laço com uma rédea um pouco maior que tem um nó no meio. Assim, faço uma alça para prendê-la no ombro. E laço com a mão esquerda. É muito gratificante, apesar das dificuldades, laço de mano a mano com os outros”, ele comemora.
Diante de todo o esforço e superação do rapaz, nós convidamos um dos grandes narradores do nosso estado, o Tiago Baggioto, para narrar a laçada realizada em Torres, com o “Tema da vitória”, tradicional em momentos decisivos dos rodeios gaúchos. Essa é pra ti, Luiz Felipe! Parabéns!
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Laçador com o braço amputado no RS
Reprodução/Márcia Retratos