Menor cota já registrada foi de 1,25 metro em outubro de 2022. Manancial igualou, nesta quarta-feira (21), menor medição do ano passado na capital e se aproxima da segunda menor cota histórica. Rio Acre se aproxima da menor cota histórica, em Rio Branco; medição de 21 de agosto é de 1,37 metro
Vitória Guimarães/Rede Amazônica
O Rio Acre, principal afluente do estado, está a 12 centímetros da menor cota histórica desde 1971, quando o manancial começou a ser monitorado em Rio Branco. Nesta quarta-feira (21), o nível chegou a 1,37 metro, igualando à marca de 2023 e se estabelecendo, até então, como a menor deste ano. A marca histórica de seca é de 1,25 metro, em 2 de outubro de 2022.
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🚨 Esta marca de 1,37 metro, segundo a Defesa Civil da capital que monitora diariamente o manancial, se aproxima da segunda menor cota histórica e deve ser superada nos próximos dias, já que a tendência é de continuar reduzindo. Até esta quarta, a maior cota registrada em agosto foi de 1,54 metro no dia 10.
Toda a Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo para seca, agravada em razão da falta de chuvas na região. Esta situação generalizada perdura há dois meses. Já o manancial em Rio Branco se encontra abaixo de 4 metros há mais de três meses.
As oscilações têm sido frequentes desde que o manancial ficou abaixo de 4 metros na capital, e mais precisamente este mês, quando o chegou a ultrapassar 1,50 metro e depois voltou a reduzir. (Veja oscilação abaixo)
A situação acima contrasta com a vivenciada entre fevereiro e março, quando o Acre passou pela segunda maior enchente de sua história desde 1971, ano em que a medição começou a ser feita. Na época, a inundação provocada pelo Rio Acre fez com que mais de 11 mil pessoas deixassem suas casas. Agora os acreanos vivem o contrário da cheia.
No dia 9 de agosto, o rio também já havia ficado acima de 1 metro e meio, com 1,51 metro. Nos demais dias, a cota ficou entre 1,48 e 1,44 metro, e depois disto houve apenas queda. Em agosto, o acumulado de chuvas em Rio Branco não passou de 1,06 milímetros.
Rio Acre, em Rio Branco, se aproxima da menor cota da história desde 1971
Vitória Guimarães/Rede Amazônica
Em 2022, a seca levou o Rio Acre a bater recordes negativos pelo menos quatro vezes. A cota histórica era de 1,30 metro, registrada em 2016.
Há dois anos, o manancial marcou esse nível no dia 10 de setembro. No dia 11, o rio reduziu para 1,29 metro, e depois seguiu em baixa até o dia 29 quando chegou a 1,26 metro. Na manhã do dia 2 de outubro o nível chegou à marca de 1,25 metro, a menor da série histórica iniciada em 1971.
Contingência
O governo do estado decretou, no dia 11 de junho, situação de emergência por conta da seca e emergência ambiental por causa da redução da quantidade de chuvas e riscos de incêndios florestais.
Duas semanas depois, foi montado um gabinete de crise para discutir e tomar as devidas medidas com redução dos índices de chuvas e dos cursos hídricos, bem como do risco de incêndios florestais. O decreto com a criação deste grupo foi publicado no dia 26 de junho, em edição do Diário Oficial do Estado (DOE), e fica em vigência até dia 31 de dezembro deste ano.
No ano passado, o decreto de emergência foi publicado em outubro. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, disse que o plano estadual de contingenciamento já foi elaborado.
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Rio Acre na capital abaixo dos 2 metros
Arquivo/Defesa Civil de Rio Branco
No dia 28 de junho, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também assinou um decreto de emergência em razão do baixo nível do Rio Acre e da falta de chuvas.
A situação alerta para a possibilidade de um período de seca que, segundo especialistas, pode se antecipar e se tornar cada vez mais frequente em um menor espaço de tempo.
O mesmo quadro foi observado em 2016, ano com a segunda pior seca. Em 17 de setembro, o rio atingiu a menor cota histórica da época: 1,30 metro.
Assis Brasil, no interior do Acre, decreta situação de emergência por causa da seca
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