Serão divulgadas quatro rodadas de pesquisas eleitorais realizadas pelo instituto Quaest até a votação no 1º turno das eleições. Em cada pesquisa, serão entrevistadas de 900 a 1.200 pessoas. Elas são escolhidas de forma aleatória e, depois, são ouvidas em casa pelos pesquisadores. Eleições 2024: saiba a importância das pesquisas eleitorais
A TV Verdes Mares vai divulgar quatro rodadas de pesquisas eleitorais sobre o cenário de Fortaleza até a data marcada para o 1º turno das eleições, em 6 de outubro. O estudo é feito pelo Instituto Quaest e também poderá ser conferido no g1 Ceará.
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A cientista política Mariana Dionísio comenta que as pesquisas eleitorais têm duas finalidades básicas: mostrar para o eleitor o cenário político daquele momento e reafirmar a democracia.
“O eleitor precisa saber o que está acontecendo nesse cenário, quais são as movimentações mais recentes, para ajudar esse eleitor a se decidir sobre os próximos candidatos”, pontuou Mariana.
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Até chegar no eleitor como informação, fazer uma pesquisa envolve ciência. O trabalho é feito pelos institutos de pesquisa, ouvindo quem deve votar. Em Fortaleza, a TV Verdes Mares contratou a Quaest para retratar os diferentes momentos da eleição. A metodologia, baseada em estatística, é rigorosa (entenda abaixo).
Como a pesquisa funciona
Saiba como são feitas as pesquisas eleitorais
Jornal Nacional/ Reprodução
São entrevistadas de 900 a 1.200 pessoas. Escolhidas de forma aleatória, elas são ouvidas em casa pelos pesquisadores. A amostra equivale ao perfil completo do eleitorado. Na capital cearense, por exemplo, 55% das pessoas que podem ir às urnas em outubro são mulheres. Por isso, a amostra da pesquisa deve ter esse mesmo percentual feminino.
Outras características são levadas em conta, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge) e da Justiça Eleitoral. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. São cálculos que definem também o nível de confiança da pesquisa, que é de 95%. Ou seja, se for repetida 100 vezes, em 95 o resultado vai estar dentro da margem de erro.
“A margem de erro é a segurança que o eleitor tem de que aquela informação foi calculada de maneira técnica e científica”, explicou Felipe Nunes, diretor da Quaest.
A abstenção também passou a ser considerada, porque muitas pessoas podem dizer ao pesquisador em quem pensam em votar, mas no dia da eleição não comparecerem. Em Fortaleza, 21% dos eleitores (um em cada cinco) faltaram às urnas no 1° turno da última eleição municipal, em 2020.
“A gente passou, desde 2022, a incorporar um modelo estatístico que ajusta a pesquisa à probabilidade dos eleitores irem ou não votar. Esses modelos foram trazidos de estudos feitos nos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório”, complementa Felipe Nunes.
Critérios
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Além de seguir normas científicas, a pesquisa tem que cumprir o que diz a lei. Os institutos que fazem esse tipo de levantamento precisam registrá-lo na justiça eleitoral cinco dias antes da divulgação. É preciso ter informações detalhadas sobre como a pesquisa é feita, por quem e com quais critérios, além dos dados de quem contratou.
Divulgar uma pesquisa sem esse registro prévio dá multa que pode passar de R$ 100 mil. Divulgar uma pesquisa com fraude é crime com pena, inclusive, de prisão.
Sem registro prévio:
Multa de R$ 53,2 mil a R$ 106,4 mil
Pesquisa fraudulenta:
Multa e até prisão de 6 meses a 1 ano
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