Convidados da última edição deste ano compartilharam sobre as suas trajetórias profissionais. SC Que Dá Certo 2024 – painel Joinville
José Somensi
Joinville, no Norte de Santa Catarina, foi palco do último painel do SC Que Dá Certo 2024. As apresentações dos três painelistas mostraram que a inovação é um dos fatores primordiais para expandir um negócio. Outras dicas incluíram que um empreendedor precisa ser corajoso, investir em tecnologia e acreditar nos seus sonhos.
O evento aconteceu na terça-feira (20) e contou com a participação de aproximadamente 300 pessoas presentes no Salão Nobre Schulz, na sede da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ). O jornalista Fabian Londero, apresentador da NSC TV, foi o mediador do painel.
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O SC Que Dá Certo é uma iniciativa da NSC que apresenta experiências, trajetórias e dicas voltadas ao empreendedorismo do estado. Em 2024, o projeto tem como conceito um caleidoscópio, objeto que permite observar a mesma cena por diferentes perspectivas.
Painel SC que Dá Certo é realizado em Joinville
Otto House
Camila Marcato Frank, sócia da Otto House, abriu o painel. Ela explicou que as dificuldades surgiram logo no início da empresa. A Otto House começou as suas atividades no ramo imobiliário de Joinville em 2013 e, no ano seguinte, o Brasil enfrentou uma crise econômica que durou até 2017.
Apesar de ter exigido coragem, também foi um período de grandes aprendizados. “A gente tinha que usar da melhor forma os recursos disponíveis para inovar em um momento de desemprego, de recessão. A gente teve que passar por isso tirando essas lições, construindo um modelo que se adequasse ao cenário”, relatou.
Em 2016, vislumbrando as oportunidades, Camila e sua sócia, Tina Marcato, lançaram um setor de locação. Por ser uma empresa familiar, em 2017, elas resolveram constituir um conselho administrativo com um conselheiro profissional que trouxesse experiências diferentes para contribuir com o negócio.
Camila Marcato Frank, sócia da Otto House
José Somensi
A pandemia de Covid-19 foi outro episódio citado por Camila. Ela disse que conseguiu superar a falta de contato presencial porque a Otto House acompanha as tendências e os avanços tecnológicos e já tinha implementado as visitas virtuais e os documentos com assinatura eletrônica.
Em 2023, o foco se tornou em expandir o negócio com a abertura de uma filial em Balneário Piçarras, no litoral de Santa Catarina. A estratégia de 2024 está voltada para o atendimento e venda de produtos na planta, os chamados lançamentos imobiliários, e o crescimento dos setores existentes da empresa.
Docol
Guilherme Bertani, presidente da Docol, prosseguiu com as apresentações. Segundo ele, o objetivo da empresa é auxiliar para que as pessoas usem racionalmente a água desenvolvendo produtos que busquem a preocupação com design, inovação, tecnologia, qualidade, bem-estar e sustentabilidade.
A Docol surgiu em 1956, em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. A empresa mudou para Joinville em 1958. Bertani disse que a história da marca sempre avançou em função do lançamento de produtos inéditos no mercado, como a válvula de descarga com funcionamento hidromecânico, na década de 70.
Guilherme Bertani, presidente da Docol
José Somensi
O pioneirismo também ocorreu em soluções de produtos que incentivam a economia de água, como o lançamento da linha DocolMatic na década de 90, composta por chuveiros, torneiras, mictórios e registros reguladores de vazão.
A expansão da empresa ainda trouxe o lançamento de outras categorias de produtos, a abertura de fábricas em São Paulo (SP) e Poços de Caldas (MG) e a exportação para mais de 35 países “Em vários países, a Docol é líder de mercado em alguns segmentos, como o de produtos para economia de água”, explicou o empresário.
Bold
Ralf Sebold, cofundador e CEO da Bold, finalizou com o painel. Ele relembrou que, há 23 anos, a empresa começou a funcionar possuindo quatro sócios. “O que nos motivou foi o sonho de empreender, de realizar, de conquistar e ainda bem que nós tínhamos esse sonho como suporte porque o nosso começo foi bem desafiador”, contou.
Inicialmente, a empresa se chamava Acrílicos Santa Clara e operava no quintal da residência dos pais de Sebold, em Jaraguá do Sul. “O nosso começo foi simples, mas estávamos extremamente motivados em empreender”, disse o empresário.
Ralf Sebold, cofundador e CEO da Bold
José Somensi
Com o tempo, a empresa evoluiu e mudou o nome para Bold. Hoje, conta com três plantas industriais – duas em Jaraguá do Sul e uma em Diadema (SP) –, unidades no Brasil e no mundo (Colômbia, Chile e China), 700 colaboradores e exportação para mais de 30 países.
A Bold atua na venda de chapas acrílicas, de policarbonato e ACM para os segmentos de indústria, comunicação visual e construção civil. “Dentro do conceito de chapas acrílicas, nós evoluímos, criamos novos produtos e conseguimos produzir chapas coloridas”, explicou Sebold.
O empresário enfatizou que a empresa vem crescendo desde 2001 – com exceção de 2014 por causa da crise econômica. Nos últimos dois anos, a empresa enfrentou uma deflação dos produtos como consequência da pandemia de covid-19. Mas Sebold pontuou que ele e sua equipe continuam trabalhando e inovando para que a marca sempre se desenvolva.
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