16 de novembro de 2024

Novo protesto contra demolições na Maré volta a fechar Av. Brigadeiro Trompowski

A Polícia Civil e Prefeitura do Rio iniciaram uma operação conjunta, na terça-feira (13), contra a lavagem de dinheiro do tráfico e imóveis irregulares construídos pela organização criminosa do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Moradores e comerciantes do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, fazem um protesto na Avenida Brigadeiro Trompowski, na altura Maré, no sentido Ilha do Governador, contra a operação conjunta da Polícia Civil e da Prefeitura do Rio, na manhã desta sexta-feira (23), que visa frear a lavagem de dinheiro do tráfico no local e derrubar imóveis irregulares construídos pela organização criminosa.
O Centro de Operações Rio (COR) informa que o acesso pela Avenida Brasil está interditado no momento. A Polícia Militar está no local.
Além da manifestação na comunidade, professores também concentraram o protesto em frente à Prefeitura do Rio. Na última quinta-feira (22), cerca de 900 estudantes ficaram sem aula em decorrência da operação conjunta.
Só este ano já são 26 dias esse ano com pelo menos uma escola sem aula na Maré, mais dias que em todo o ano passado. Desde que a operação começou, pelo menos 26 das 49 escolas do Complexo da Maré não funcionaram.
De acordo com um morador da comunidade, todo o comércio local foi fechado às 20h desta última quinta-feira (22), apenas mantendo o funcionamento de padarias e farmácias (no entanto, com as portas entreabertas).
Ainda de acordo com o morador, agentes da Polícia Militar não permitiram que os manifestantes entrassem no espaço onde acontecem as demolições.
Comércio fechado no Parque União por conta de protesto contra operação da Polícia Civil e Prefeitura do Rio
Reprodução
Comércio fechado no Parque União por conta de protesto contra operação da Polícia Civil e Prefeitura do Rio
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A operação policial começou na terça-feira (13). De acordo com a Polícia Militar, não há registro de tiroteio entre traficantes e policiais.
Operação objetiva demolir imóveis ilegais
As investigações apontam que a comunidade do Parque União vem sendo utilizada há anos, através da construção e abertura de empreendimentos, para lavar dinheiro com o comércio de drogas.
Segundo a polícia, há uma estratégia da facção criminosa de colocar ao menos uma pessoa em cada unidade habitacional para fingir que são moradores e dificultar as demolições. A primeira fase da operação registrou que cerca de 90% dos prédios estavam vazios. Nos três primeiros dias desta semana, 24 prédios foram descaracterizados, somando 133 unidades.
A Secretaria de Ordem Pública (Seop) afirma que não há data prevista para o término da operação. Até o momento já foram 31 prédios demolidos com cerca de 147 apartamento. Entre as unidades, dez eram comerciais e as outras 137 eram residenciais.
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